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AÇÃO
Questão de tempo
CARLOS SARLI
Um brasileiro campeão mundial de surfe. É o que todos que
praticam e acompanham o esporte no país anseiam.
Matematicamente não estamos tão longe. Comparado a outros esportes individuais, temos
uma presença expressiva -entre os 44 melhores do mundo, 7
são brasileiros. E ao que tudo indica, esse número irá aumentar
na próxima temporada, resultado de estarmos promovendo, há
cinco anos, a perna mais forte do
ranking de acesso.
Ainda em termos de números,
Victor Ribas, apesar de estar
apenas em 11º lugar, tem chances, beneficiado pelos descartes,
de chegar ao título.
Suas chances são tão remotas
quanto as de Mark Occhilupo
não conquistar seu merecido
campeonato mundial. Occy é
sem dúvida, entre os que disputam o Tour, o surfista que tem
mais história, carisma e, principalmente, surfe para chegar ao
título. Nos três melhores campeonatos do ano até aqui, Tavarua, Fiji, mesmo sem ondas
grandes, Teahupoo, Taiti, impressionante, e Mundaka, Espanha, fechando de gala as estréias
da temporada, o australiano esteve imbatível.
Como se viu, em esquerdas
grandes e de qualidade só deu
ele. O que leva à seguinte conclusão: ainda que ele não saia do
Brasil campeão (perdeu em sua
primeira bateria no Rio Marathon para o novato Raoni Monteiro e vai disputar a repescagem hoje), não deixará o título
escapar em Pipeline, Havaí, se
as condições estiverem como de
costume.
Voltando às chances brasileiras, Neco Padaratz, que em 1998
abandonou o Tour na metade,
apresentou para organização da
ASP atestado médico obtido no
Japão no qual apresentava problemas gástricos. Na reunião de
final de ano no Havaí serão definidos os convidados da próxima
temporada, quando pela primeira vez os wild cards estarão
pontuando. Caso o argumento
de Neco emplaque, nossas chances aumentam.
NOTAS
Reunião da ASP
Outra decisão que será tomada na reunião da ASP no Havaí
é de quanto será o aumento da
premiação para o ano 2000. Por
melhor que ela seja, é pouco.
Para se ter uma idéia, o hexacampeão Kelly Slater, depois de
oito anos competindo, faturou
pouco mais de US$ 700 mil em
prêmios, menos de US$ 100 mil
por temporada.
Rio
Ondas de um metro de leste
recepcionaram os surfistas ontem na abertura do Rio Marathon Internacional, penúltima
etapa do mundial de surfe
(WCT). No domingo, o evento
terá transmissão ao vivo pela
Sportv.
Rosa bronco
Com duas vitórias consecutivas no WQS, Maresias (SP) e
Barra (RJ), Peterson Rosa assumiu a ponta do ranking de
acesso e entrou na briga pelo título brasileiro.
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