FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Comissão técnica e jogadores do Santos se dedicaram ontem a lançar apelos, por meio da imprensa, para que os torcedores não hostilizem a equipe na partida contra o Vasco.
Na 12ª colocação na Copa João Havelange, com 23 pontos em 16 jogos, o time necessita vencer para sair da crise e para o técnico Giba não perder o emprego.
A estratégia preventiva em relação aos torcedores começou anteontem, quando Giba se reuniu com chefes de torcidas organizadas para pedir apoio.
O encontro aconteceu depois dos incidentes, ocorridos durante um treino, anteontem, em que Dodô e o goleiro reserva Fábio Costa receberam ofensas dos torcedores e reagiram, o que exigiu intervenção dos seguranças do clube.
Segundo Giba, na reunião foi firmado um "pacto", em que os líderes assumiram o compromisso de que as torcidas organizadas não irão apupar a equipe. "É hora de o torcedor ter aquela paixão positiva pelo clube", declarou.
Dodô, principal alvo dos torcedores, demonstra resignação com os problemas nos treinos e as vaias, mas se diz injustiçado.
"O que aconteceu ontem (anteontem) são coisas que ocorrem quase todos os dias aqui. Já estamos acostumados com isso."
Somente no final da tarde de ontem, o Santos teve confirmada a presença do volante Rincón para o jogo de hoje. Condenado a quatro jogos de suspensão devido à expulsão contra o Juventude, o jogador foi beneficiado pelo efeito suspensivo obtido pelo clube.
Giba fez duas alterações no time para o jogo de hoje. Na lateral direita, ele trocou o improvisado volante Marcelo Silva pelo também improvisado zagueiro Preto. No meio-de-campo, com o objetivo de reforçar a marcação, o meia Renatinho saiu para dar lugar ao volante Anderson.