DO ENVIADO A SANTOS
E DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O gerente jurídico do Santos, o advogado Mário Mello, irá sugerir hoje ao presidente do clube, Marcelo Teixeira, que o time abandone o Brasileiro e entre na Justiça comum contra a repetição dos 11 jogos. "Minha idéia é não entrarmos contra o Goiás [no próximo domingo, na Vila]", diz Mello.
Os jogadores santistas eram a imagem da revolta. Para o ex-corintiano Zé Elias, Cleber Wellington Abade foi o grande culpado pelo descontrole no clássico.
"Ele deu um pênalti que ninguém viu", afirmou. O capitão e meia Ricardinho concordou com ele, dizendo que o pênalti foi o principal erro do árbitro.
Logo depois, foi anunciado que nenhum jogador do Santos iria se pronunciar na entrevista coletiva. Mas a cúpula santista não poupou munição contra Abade. "O juiz expulsou o Luizão sem mesmo ver o que ele fez, não consultou o bandeirinha. O que o Abade fez hoje foi uma vergonha. É um despreparado", disse o diretor de futebol do Santos, Francisco Lopes.
Do outro lado, os corintianos atacaram o comportamento dos rivais no clássico. "É chato acontecer isso, mas era preciso mais dignidade", disse o goleiro corintiano Fábio Costa, que vibrou com a torcida, que celebrava o fim do tabu da era Robinho, quando a partida foi interrompida.
O jogador, que havia dito que "como formador de opinião não deveria ajudar a criar um clima impróprio para a prática do esporte", comemorou efusivamente a vitória, dando socos no ar, enquanto o cenário de caos já estava instalado na Vila Belmiro.
Para o zagueiro Marinho, que fora vilão no clássico anulado (desviou a bola contra o gol após chute de Giovanni), o Santos errou. "Apelaram. Não precisava", disse, em referência aos chutes dados por Giovanni, isolando a bola antes do pênalti e na saída de jogo. Saulo, por ter gritado com Carlos Alberto, também foi alvo.
O ônibus da delegação corintiana deixou o estádio escoltado por três carros da PM. (MDA E ME)


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