São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 2005

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Quilmes vai entrar com ação indenizatória

DA REPORTAGEM LOCAL

Após saber da desistência de Grafite em levar o caso adiante, a diretoria do Quilmes se reuniu ontem à noite e decidiu que irá entrar com uma ação indenizatória por perdas e danos morais pelo incidente que culminou com a prisão do zagueiro Desábato em São Paulo.
"Ainda não sabemos a quem iremos pedir isso, se o São Paulo, se o Grafite ou o município de São Paulo, mas o clube irá fazer algo para compensar o que passou no Brasil. Quando o Desábato foi preso, todo o time teve de prorrogar a estadia num hotel. Perdemos dinheiro com isso", disse Federico Deya, secretário geral do Quilmes.
De acordo com o dirigente, o clube também irá orientar Desábato a entrar com um pedido de Grafite, que na terça-feira desistiu de levar adiante o suposto caso de racismo contra Desábato, é o mesmo que em abril afirmou que iniciaria uma cruzada contra a discriminação racial. O atacante disse que levaria às últimas conseqüências as acusações contra o argentino.
Em abril, indagado se retiraria a acusação, havia respondido: "Levarei o caso até o fim".
Chegou até a ser homenageado no Senado, em Brasília, no Dia da Abolição da Escravatura, e chamado de "herói".
Já na Argentina, torcedores do Quilmes levavam cartazes com desenhos de macaco com banana e o nome de Grafite.
A Folha não encontrou ontem o atacante para falar sobre o fim do inquérito. A intenção já havia sido divulgada por ele mesmo no dia 18 de julho.
"Ele achou por bem encerrar o caso pois entende que o argentino já foi punido", disse João Alécio Pugina, advogado do brasileiro. "Grafite não entrou com a queixa por não ter provas", rebateu Carlos Alberto Pires Mendes, advogado de Desábato, que também não foi localizado. (KT)


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