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Interior de SP patina nos Nacionais
DA REPORTAGEM LOCAL
Fazia tempo que a maré dos times do interior paulista não andava tão braba nas três divisões
do Brasileiro. Acostumado a ter
boas campanhas e com um título
nacional, conquistado pelo Guarani em 1978, o futebol de fora da
capital do Estado não ilude hoje.
Na Série C, em que desde 2001
pelo menos uma equipe era promovida, ninguém se classificou às
quartas-de-final. Atlético Sorocaba e Rio Branco de Americana foram eliminados nas oitavas.
Antes disso, a Portuguesa Santista, o América de Rio Preto e o
União São João saíram já na primeira fase, em grupos de quatro.
O último clube, o Mogi Mirim, foi
eliminado na fase seguinte.
Na Série B, Santo André e Marília têm situação muito complicada nos quadrangulares semifinais, com chances apenas matemáticas. O Guarani, que caiu no
ano passado, não tem mais chances de acesso à elite.
Na Série A, a melhor colocação é
o 11º lugar da Ponte Preta, e o São
Caetano é 16º e corre risco de descenso após um início de século
com dois vice-campeonatos nacionais e um da Libertadores.
O panorama só não é pior que
em 1998, quando a melhor posição de um time do interior na primeira divisão foi a 17ª, da Ponte,
com o Guarani em 19º. Nesse ano
o Bragantino, que chegou à final
em 1991, foi rebaixado à Série B.
Na segunda divisão, os paulistas
não iam tão mal desde 2001,
quando o Jundiaí (hoje Paulista)
foi eliminado antes de chegar às
quartas. O Estado ainda amargou
um rebaixado à Série C: o União
Barbarense, que também despencou no Paulista para a A-2.
"Neste ano, a gente fez um investimento alto para voltar à Série
B. Mas, muitas vezes, erra no investimento", acredita Pedro Morgado, diretor de futebol União
São João, que diz que o clube investiu cinco vezes mais neste ano,
por entender que a competição
era sua única chance de disputar
um torneio nacional em 2006.
Até decisão em contrário do
TJD-SP, que montou comissão
para analisar os jogos apitados
pelos fraudulentos Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, o time está rebaixado e participará da Segundona estadual.
"Sem menosprezar os adversários que passaram, Rio Branco e
Sorocaba, as duas melhores equipes eram a nossa e a do América
de Rio Preto. Não fosse o pênalti
inexistente do senhor árbitro Rodrigo Guarizo do Amaral num jogo em que a gente só precisava
empatar, a gente estava aí."
Já Waldir Cipriani, presidente
do Atlético Sorocaba, também
culpa a arbitragem e chega a afirmar que houve manipulação nos
jogos da terceira divisão.
"Penso que alguém deve achar
que está faltando mais times do
Norte e do Nordeste. Nós não tivemos em nenhum dos nossos jogos um pênalti a nosso favor."
Cipriani também reclama da
atuação da arbitragem no jogo
que eliminou o clube, contra o
Ipatinga. "No primeiro jogo, tivemos um gol invalidado por um
bandeirinha mineiro. Depois,
aqui em Sorocaba, arrumaram
um árbitro capixaba, quando seria muito mais fácil trazer um paranaense", afirma ele, dizendo
que tem os confrontos gravados
para mostrar o que ocorreu.
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