MAÉRCIO SANTAMARINA
enviado especial a Vigo

Na estréia solo de Candinho em seu comando, a seleção brasileira empatou em 0 a 0 com a da Espanha, ontem, em Vigo (ESP). Com Wanderley Luxemburgo na Austrália, para o jogo que a seleção pré-olímpica faria na madrugada de hoje, a missão de comandar a equipe principal ontem ficou a cargo de seu auxiliar. Reflexo ou não da sua interinidade, o Brasil foi dominado na maior parte do tempo. Com facilidade, a seleção espanhola ia ao ataque, apoiada nos avanços pela direita de Etxeberría e em lances individuais de Raúl, o melhor do amistoso. A falta de entrosamento de Marcos com a defesa -o goleiro só chegou a Vigo anteontem- e erros banais de passes colaboraram para consolidar a supremacia espanhola na primeira etapa. Logo aos 3min, o atacante Morientes recebeu sozinho e, do centro da área, chutou na trave. Dez minutos depois, a Espanha voltou a ameaçar o Brasil. Raúl, na pequena área, recebeu passe de calcanhar e, frente a frente com Marcos, acabou sendo travado pela zaga no instante do chute. Aos 19min, o lance mais bonito do primeiro tempo. Raúl recebeu passe da direita e, com um toque, deslocou Aldair. Novamente de frente para Marcos, perdeu o gol -dessa vez, chutou para fora. Falhando nas saídas de bola e sem conseguir armar as jogadas, a seleção brasileira pouco atacava, limitando-se a correr no campo. Durante o primeiro tempo, o Brasil não chegou a chutar uma bola com perigo ao gol de Molina. No segundo tempo, errando menos, a seleção brasileira passou a tentar mais ataque, mas continuava esbarrando na falta de organização no meio-campo. Aos 7min, Ânderson, pela esquerda, chutou de fora da área, sobre o travessão de Molina. E, aos 11min, a melhor chance do Brasil até então: Roberto Carlos avançou, também pela ponta esquerda, e chutou forte, rasteiro, quase marcando o primeiro gol. Ânderson voltou a levar perigo ao gol espanhol aos 20min. Marcos Assunção lançou para o atacante na esquerda. Ele chutou forte, mas Molina fez boa defesa. Aos 24min, a Espanha teve sua primeira grande oportunidade da segunda etapa. E novamente com Raúl. Após confusão na área, a bola sobrou para o atacante. Pressionado por Antônio Carlos, chutou à direita de Marcos, na trave. O Brasil respondeu cinco minutos depois. Assunção, de perna direita, chutou forte, diante do gol espanhol. Molina não alcançou e a bola bateu no travessão. Aos 33min, foi a vez de Cafu tentar. Recebeu passe de Rivaldo e, pela direita, chutou bem ao gol. Molina espalmou para fora. As substituições promovidas pelos dois técnicos não conseguiram mexer muito com os dois times, que terminaram a partida sem ânimo, em um fraco 0 a 0.

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