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Britânico quer continuar missão do ex-campeão Muhammad Ali
do enviado a Mar del Plata
Em sua missão de espalhar a
crença em Alá e devolver o glamour ao boxe, dando continuidade à tarefa do ex-campeão dos pesados Muhammad Ali, Naseem
Hamed vem conquistando a atenção do mundo artístico.
O popstar Michael Jackson visitou uma academia especialmente
para acompanhar a preparação
de Hamed para sua estréia nos
EUA, em 1997.
Para o pugilista, a atração que
exerce sobre a classe artística é
causada pelo fato de ser um representante, nos ringues, de atores,
popstars e rappers.
Hamed, cuja mulher, Elisha, está grávida do segundo filho do casal, respondeu às questões da Folha formuladas durante a convenção da OMB, realizada em Mar
del Plata, na Argentina, há duas
semanas.
(EO)
Folha - Como você explica o
fato de pessoas que normalmente não acompanham o boxe
e até artistas mundialmente famosos torcerem por você?
Naseem Hamed - Sou diferente
de qualquer outro lutador. No
ringue represento os artistas, trago coisas que outros lutadores
não trazem: drama, música, expectativa, emoção e glamour.
Folha - E qual a origem disso?
Hamed - Isso não vem de mim,
de minha pegada ou de minha
força. Nenhum ser humano normal poderia fazer o que eu faço.
Não estou contando vantagem, é
que Alá está me usando para realizar isso. É Alá que guia meus
passos, é Alá quem me dá forças.
Não creio que poderia estar fazendo isso por mim mesmo. Nossa religião foi a última a chegar ao
homem e também é a mais poderosa, assim como o nosso profeta
Maomé, que o nome dele seja louvado.
Folha - E qual seria o interesse
de Alá em ajudar um boxeador?
Hamed - Estou espalhando a
crença em Alá. Tudo o que faço é
mostrar às pessoas que trabalho
para Ele. Meu objetivo é me tornar uma lenda, assim como Muhammad Ali (ex-tricampeão dos
pesados, que se converteu à religião muçulmana).
Folha - Você está dizendo que
acredita ser um novo Ali?
Hamed - Não. Ali está em um
patamar próprio, sozinho no topo. Ele é um embaixador não apenas do boxe, mas de todo o esporte. Aliás, foi justamente por ser
seu fã que resolvi lutar pelo título
do Conselho Mundial, o mesmo
conquistado por ele. Quando Ali
se aposentou, o boxe perdeu o
glamour, a impetuosidade. Agora, tento trazer isso de volta. Entre
milhões, existe só um Muhammad Ali. Assim como existe apenas um Naseem Hamed.
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