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"Vôo da alegria" custa mais de R$ 60 mil
DOS ENVIADOS A SÃO LUÍS
O "congraçamento" de dirigentes promovido pela CBF em São
Luís vai custar pelo menos R$ 66
mil para a confederação, segundo
levantamento feito pela Folha.
A entidade que comanda o futebol brasileiro convidou todos os
presidentes de federações estaduais -26, sem incluir o do Maranhão- para assistir ao jogo.
A reunião, conforme definiu o
diretor do departamento técnico
da CBF, Virgílio Elíseo Costa, será
"um congraçamento para que o
Brasil se classifique" ao Mundial.
Só em passagens aéreas, a CBF
gastará R$ 38.745, soma do preço
de bilhetes ida e volta das 26 cidades a São Luís, na classe econômica da Varig, sem a taxa de embarque. Os valores foram fornecidos
por uma operadora de turismo.
Uma diária no hotel Vila Rica,
no centro histórico da cidade, onde está hospedada a maioria dos
dirigentes, custa R$ 199. Como a
maior parte dos convidados chegou anteontem, serão três diárias.
De hotel, portanto, a CBF gastará mais R$ 15.522 somente com os
presidentes de federações.
Embora a entidade tenha alertado que não seria possível levar
acompanhantes, pois só bancaria
as despesas dos cartolas, alguns
deles estão com suas mulheres.
Além de passagem e hospedagem, o levantamento incluiu uma
diária de R$ 200 por dirigente, para despesas de alimentação e
transporte por três dias, o que totalizaria mais R$ 11.700.
Mas os presidentes de federações representam apenas uma
parcela do "vôo da alegria".
Além deles, outros cartolas, como os vice-presidentes regionais
da entidade, além de parentes,
amigos e assessores dos homens
que comandam a federação foram incluídos no pacote.
Embora não contabilizadas no
levantamento da Folha, pelo menos duas vans de uma empresa
maranhense de turismo estão à
disposição dos convidados para
passeios e locomoção na cidade.
Só no Vila Rica, onde estão hospedados os dirigentes de federações, a operadora que trabalha
para a CBF reservou "pelo menos
50 quartos", segundo informou
um funcionário do hotel.
Estão em São Luís, por exemplo,
o motorista e o secretário particular de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, embora o próprio dirigente não esteja na cidade -licenciado do cargo por problemas
cardíacos, está nos EUA.
Um filho de Teixeira também
está na cidade para o jogo.
Mas a "entourage" é mais ampla. O chefe de segurança da seleção, coronel Castelo Branco, possuiu uma "rede de coronéis" que
presta serviço à entidade.
Em São Luís, há um deles, o coronel Amauri Faia, que só acompanha a delegação da Venezuela.
O próprio Castelo Branco,
maior responsável por afastar a
seleção do público nas cidades
onde o time joga, está na capital
maranhense chefiando a operação. A convite da CBF, ao menos
mais dois integrantes do seu grupo irão no estádio.
(FV, JAB e SR)
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