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TÊNIS
Norte-americano de 21 anos quebra jejum de três anos e torna-se o melhor tenista de 2003 com ajuda de Andre Agassi
Prodígio, Roddick devolve EUA ao topo
DA REPORTAGEM LOCAL
A notícia chegou quando Andy
Roddick jantava em um restaurante de Houston. Seu conterrâneo Andre Agassi havia, de virada, derrotado Juan Carlos Ferrero
por 2 sets a 1, anteontem à noite,
na primeira fase do Masters.
Não era um jogo qualquer. Com
o resultado, Roddick assegurou,
aos 21 anos e três meses, o posto
de melhor tenista da temporada.
E mais: devolveu aos EUA a supremacia perdida há três anos.
Ele é o segundo jogador mais
novo da história a encerrar um
ano como líder do ranking. Perde
só para Lleyton Hewitt (AUS),
campeão em 2001 e 2002, que obteve o feito aos 20 anos. Em 2000,
Gustavo Kuerten foi o primeiro.
É também o sexto norte-americano a lograr a façanha. O último,
ironicamente, foi o próprio Agassi, em 1999. Hoje aos 33 anos e
perto do fim da carreira, ele bateu
Ferrero e tirou da disputa o único
tenista que poderia colocar água
no chope de seu compatriota.
"Estou honrado em terminar o
ano como novo número um, mas
talvez esteja mais orgulhoso de ser
o sexto norte-americano a conseguir o feito", contou o jogador.
Ele iniciou a disputa do Masters
de Houston com 867 pontos na
Corrida dos Campeões. Ferrero
só pode chegar a 861. Ontem,
Roddick perdeu para Rainer
Schuettler (ALE) por 2 sets a 1 e
agora encara Guilhermo Coria
(ARG) por uma vaga na semifinal.
A consagração de seu prodígio
chega em um ano especialmente
histórico para o tênis americano.
No dia 25 de agosto, Pete Sampras anunciou o fim da mais premiada carreira da modalidade.
Com 14 títulos de Grand Slam no
currículo, foi efusivamente aplaudido em Flushing Meadows, palco do Aberto dos EUA, e disse que
não tinha mais nada a provar.
Exatos 13 dias depois, Roddick
provou do que era capaz. No mesmo local em que Sampras disse
adeus, ele venceu, com contornos
épicos, seu primeiro Grand Slam.
Na decisão da competição, o
americano derrotou Ferrero com
facilidade, em três sets.
"É difícil parar agora para pensar como foi o ano", contou. Sua
temporada demorou para engrenar. Após um primeiro semestre
de altos e baixos, Roddick deslanchou na segunda metade do ano.
Sob a batuta de Brad Gilbert, venceu 46 dos 52 jogos que disputou.
O desempenho arrancou aplausos de atletas consagrados. Enquanto Roddick jantava anteontem em Houston, Agassi deixava
a quadra tecendo elogios ao melhor tenista de 2003. "É um feito
incrível, especialmente do jeito
que ele conseguiu", sentenciou.
NA TV - Masters, ao vivo, às
16h e às 23h, na Sportv
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