São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997.



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FUTEBOL
Carlos Alberto da Luz assistiu estréia vitoriosa da Austrália na competição e orienta treinador da seleção
Administrador da CBF é espião do Brasil

do enviado a Riad


O espião da seleção na Arábia é Carlos Alberto da Luz, cuja função é a de administrador da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Da Luz viu a vitória da Austrália, 3 a 1 contra o México, na estréia do time na Copa das Confederações.
Ontem pela manhã, o administrador iria se reunir com Zagallo para lhe passar as informações sobre o adversário de hoje.
Para o espião brasileiro, o segredo da equipe australiana é o meia Craig Foster. "Ele distribui bem o jogo, sabe tocar a bola, quase todas as jogadas da Austrália partem dos seus pés", avisou.
Além de Foster, o administrador da CBF ficou bem impressionado com o volante Ned Zelic e com o goleiro Mark Bosnich.
Na vitória contra o México, os gols da Austrália foram marcados pelo atacante Viduka, no primeiro tempo, e por John Aloisi e Damian Mori, na etapa complementar. O gol do México foi de Luís Hernández, também no segundo tempo.
Para o espião brasileiro, um dos motivos pelos quais a Austrália venceu o México foi o fato de o técnico do time perdedor, Manuel Lapuente, ter deixado Luís García e Luís Hernández, o artilheiro da Copa América, no banco.
"Foi só eles entrarem no segundo tempo que os mexicanos deram o maior sufoco na Austrália. Por pouco não empataram. Não entendi porque eles começaram na reserva", disse.
Questão de honra
Para os australianos, uma boa campanha na Copa das Confederações é importante para limpar a imagem do futebol do país, abalada após a desclassificação na briga por uma vaga para a Copa-98.
A Austrália, dirigida pelo inglês Terry Venables, perdeu a classificação ao ceder o empate para o Irã, em casa, nos últimos minutos.
Os australianos, que haviam empatado em Teerã por 1 a 1 e podiam até empatar sem gols em casa para ir ao Mundial, chegaram a fazer 2 a 0, desperdiçaram inúmeras chances de gol e, faltando poucos minutos para o fim do jogo levaram dois gols e perderam a vaga.
Os iranianos, bastante emocionados, fizeram uma enorme festa pela classificação. Enquanto os australianos jogavam-se no campo, chorando e não acreditando na eliminação, os adversários davam a volta olímpica no estádio.
Para Venables, não adianta chorar o que já passou. Ele acredita que uma boa campanha na Arábia pode amenizar um pouco a decepção dos australianos com sua seleção nas eliminatórias. (JCA)
NA TV - Bandeirantes e Globo, ao vivo, às 15h


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