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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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BASQUETE

Mata-matas das quartas-de-final, que começam hoje, ameaçam hegemonia do interior no Estadual masculino

Capital tenta alterar realidade do Paulista

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a Grande São Paulo novamente reivindicando um papel de protagonista, o Paulista masculino abre hoje a fase de mata-matas com quatro partidas: Casa Branca x Corinthians/Mogi, São Caetano x Ribeirão Preto, Limeira x Franca e Araraquara x Paulistano.
De todos os classificados, o Paulistano, que conta com uma verba baixa -em torno de R$ 40 mil por mês- vinda de sua parceira, a UniFMU, é quem fez a campanha mais surpreendente.
"Nosso resultado foi muito bom em relação ao investimento das outras equipes. Mas sempre acreditamos que iríamos ganhar uma vaga no Nacional", diz José Alves Neto, técnico do Paulistano, quarto colocado na fase inicial e quase garantido no Brasileiro -cinco times ainda buscam classificação.
"O Neto está de parabéns. Ele tirou do time mais do que ele poderia render", atesta o técnico Lula, do Ribeirão Preto, referindo-se à equipe paulistana, que não conta com grandes estrelas em seu time-base: Marcelinho, Jefferson, João Guilherme, Valtão e Mudo.
A boa campanha da Grande São Paulo já afetou os rivais do interior. Este ano marca o fim da hegemonia de Ribeirão Preto e Araraquara, que fizeram as duas últimas decisões do campeonato. Agora, os rivais se encontram, no máximo, em uma das semifinais.
"Nosso confronto contra o São Caetano será difícil. Teoricamente, é o primeiro colocado contra o oitavo. Mas, na prática, eles sabem que é a última chance de chegarem ao Nacional", analisa Lula.
Foi a equipe do ABC, aliás, a responsável pelo maior feito, até aqui, no Estadual. No mês passado, o São Caetano acabou com uma invencibilidade histórica do Ribeirão Preto na competição.
Até a derrota para o time do técnico Emerson Tadiello, por 89 a 83, o atual bicampeão paulista havia embalado uma incrível sequência de 56 jogos sem derrota.
"Essa vitória nos mostrou que vencer a série contra o Ribeirão Preto é bastante difícil, mas não impossível", analisa Tadiello.
Se enfrentaram orçamentos minguados nos últimos anos, os times da Grande São Paulo resolveram se unir para voltar a ganhar um título -o último foi do Barueri, em 98. Com a parceria entre Mogi e Corinthians, o clube pôde contar com o orçamento mais polpudo entre os 13 clubes do torneio: R$ 2,5 milhões por ano.
"Levamos alguns tropeços que não poderíamos. Mas sofremos muitos problemas de contusão. Se não enfrentarmos isso de novo, podemos disputar o título", afirma o técnico Carlão, que perdeu, durante o torneio, Dedé, Farofa, Josuel e Alírio. Dedé, aliás, passou por uma cirurgia no ombro direito e só volta a jogar em 2004.
"Temos que administrar isso. Fiquei sem opção para substituir o [armador] Fúlvio. Ele tem jogado 40 minutos", lamenta Carlão.


NA TV - Casa Branca x Corinthians/Mogi, na ESPN Brasil, ao vivo, às 15h30


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