DA REPORTAGEM LOCAL

Armador mais jovem entre os oito times que ainda disputam o título, Marcelinho, 20, sabe da responsabilidade que está sobre suas costas.
"O Paulistano não costuma chegar aos mata-matas. Agora que estamos aqui, queremos ir mais longe", diz o jogador, que lidera sua equipe em quatro fundamentos estatísticos: pontos, assistências, roubadas de bola e minutos em quadra.
Filho de Domingos, vice-presidente do clube da capital, Marcelinho buscou em outro membro da família um exemplo a ser seguido na quadra.
"Eu me espelhava no Felipe no começo. Quando ele parou, eu já estava no infanto e busquei desenvolver minhas próprias características", conta Marcelinho, referindo-se ao irmão, que abandonou a carreira há cerca de quatro anos, após atuar no Pinheiros, na época em que a equipe revelou Guilherme, Lucas e Márcio.
Para superar o Araraquara, vice-campeão estadual nos dois últimos anos, o atleta acredita que a vantagem de mandar uma partida a mais em casa pode ser decisiva. "A torcida do Araraquara costuma ser bem maior do que a nossa. Mas vamos jogar na mesma quadra em que estamos acostumados a treinar", analisa o jogador.
Mesmo assediado por clubes europeus, Marcelinho pretende disputar ao menos mais um Nacional. Em 2003, integrou o Pinheiros, mas não passou de um 14º lugar entre 17 clubes.
"Quero ir para a Europa só depois de junho [quando termina a competição nacional]. Também sonho com a NBA. Poderia ser qualquer time", conta o armador, que disputou neste ano uma liga de verão na Espanha pelo Breogán.
"Eles me ofereceram um contrato para ficar, mas achei que ainda era cedo", afirma o atleta, agenciado pelo espanhol Miquel Solá, que recentemente começou a investir no país.
A visibilidade internacional pode aumentar caso o armador seja lembrado pela primeira vez para integrar a seleção. "Ele levou uma equipe sem tradição a disputar as primeiras posições até a última rodada. Por isso, estou de olho nele", afirma Lula, técnico do Brasil. (ALF)


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