São Paulo, Sábado, 15 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Após 89 jogos na temporada 1999/2000, time paulista conquista título mais importante de sua história
Dida consagra maratona corintiana

FÁBIO VICTOR
RODRIGO BUENO
enviados especiais ao Rio


Mesmo esgotado após uma temporada de 89 jogos, juntando o ano de 99 e o Mundial de Clubes da Fifa, o Corinthians conquistou ontem o título mais importante de sua história em uma dramática final por pênaltis, após 120 minutos de jogo.
Atuando fora de casa, com uma "zaga de encomenda" -Adílson e Fábio Luciano foram contratados especialmente para o Mundial e começaram ontem pela primeira vez uma partida juntos-, Oswaldo de Oliveira, do Corinthians, preparou time cauteloso.
Assim, tentava repetir o que fez na decisão do Campeonato Brasileiro, quando segurou um 0 a 0 com o Atlético-MG, e na final do Paulista, quando empatou em 2 a 2 com o Palmeiras.
Nos treinos no Rio de Janeiro, Oliveira ensaiou bastante o posicionamento de sua defesa.
A dupla composta por Fábio Luciano e Adílson justificou ontem plenamente a sua aquisição e a confiança recebida de Oliveira.
Os dois conseguiram parar a dupla Edmundo-Romário.
O trabalho da zaga corintiana teve o importante auxílio do esquema tático de Oliveira. O técnico destacou o volante Rincón para perseguir Edmundo pelo campo, facilitando para a zaga.
Vampeta protegeu mais a defesa e pouco se aventurou na frente.
Fábio Luciano, que se destacou no Brasileiro defendendo a Ponte Preta, e Adílson, que fez fama no Grêmio, se revezavam no combate a Romário, único jogador vascaíno que atuou fixo na frente.
Fábio Luciano, na maioria das vezes, ficou na sobra, apesar de ser mais jovem e rápido que Adílson -o Manchester, com uma defesa em linha contra o Vasco, levou três gols na primeira etapa.
Bem mais altos que Romário e Edmundo, Fábio Luciano e Adílson tornavam as esporádicas jogadas aéreas do Vasco inúteis.
O lateral-direito Índio, que jogou no lugar de Daniel, expulso contra o Al Nassr, tratou mais de proteger a defesa do que ir ao ataque. O Corinthians era ameaçado mais pelo setor esquerdo, onde Kléber deixava espaços, e Paulo Miranda aparecia de surpresa.
No segundo tempo, o Corinthians trocou o meia Ricardinho, que pouco rendeu ontem por não estar totalmente recuperado de dores musculares, por Edu.
O time corintiano ficou mais agressivo então e criou três grandes chances. Oliveira, na beira do campo, pediu a sua defesa e a seus volantes para avançarem mais.
A iniciativa contrariou a tese de que o Corinthians jogaria pelo empate, apostando em Dida em uma decisão por pênaltis.
O Corinthians terminou o tempo regulamentar dominando o Vasco, que teve mais tempo para descansar para o Mundial.
Na prorrogação, o Corinthians mostrou mais sinais de cansaço -a partida foi disputada sob uma temperatura de 30 C.
Assim, o jogo foi para as penalidades. E, de forma dramática, como gosta a torcida corintiana, e também previsível, foi conquistado em defesa do goleiro Dida.


Texto Anterior: Lance a lance
Próximo Texto: Por torcida, time volta a São Paulo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.