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FUTEBOL
Após 89 jogos na temporada 1999/2000, time paulista conquista título mais importante de sua história
Dida consagra maratona corintiana
FÁBIO VICTOR
RODRIGO BUENO
enviados especiais ao Rio
Mesmo esgotado
após uma temporada de 89 jogos, juntando o ano de 99 e
o Mundial de Clubes da Fifa, o Corinthians conquistou ontem o título
mais importante de sua história
em uma dramática final por pênaltis, após 120 minutos de jogo.
Atuando fora de casa, com uma
"zaga de encomenda" -Adílson
e Fábio Luciano foram contratados especialmente para o Mundial e começaram ontem pela primeira vez uma partida juntos-,
Oswaldo de Oliveira, do Corinthians, preparou time cauteloso.
Assim, tentava repetir o que fez
na decisão do Campeonato Brasileiro, quando segurou um 0 a 0
com o Atlético-MG, e na final do
Paulista, quando empatou em 2 a
2 com o Palmeiras.
Nos treinos no Rio de Janeiro,
Oliveira ensaiou bastante o posicionamento de sua defesa.
A dupla composta por Fábio
Luciano e Adílson justificou ontem plenamente a sua aquisição e
a confiança recebida de Oliveira.
Os dois conseguiram parar a
dupla Edmundo-Romário.
O trabalho da zaga corintiana
teve o importante auxílio do esquema tático de Oliveira. O técnico destacou o volante Rincón para perseguir Edmundo pelo campo, facilitando para a zaga.
Vampeta protegeu mais a defesa e pouco se aventurou na frente.
Fábio Luciano, que se destacou
no Brasileiro defendendo a Ponte
Preta, e Adílson, que fez fama no
Grêmio, se revezavam no combate a Romário, único jogador vascaíno que atuou fixo na frente.
Fábio Luciano, na maioria das
vezes, ficou na sobra, apesar de
ser mais jovem e rápido que Adílson -o Manchester, com uma
defesa em linha contra o Vasco,
levou três gols na primeira etapa.
Bem mais altos que Romário e
Edmundo, Fábio Luciano e Adílson tornavam as esporádicas jogadas aéreas do Vasco inúteis.
O lateral-direito Índio, que jogou no lugar de Daniel, expulso
contra o Al Nassr, tratou mais de
proteger a defesa do que ir ao ataque. O Corinthians era ameaçado
mais pelo setor esquerdo, onde
Kléber deixava espaços, e Paulo
Miranda aparecia de surpresa.
No segundo tempo, o Corinthians trocou o meia Ricardinho,
que pouco rendeu ontem por não
estar totalmente recuperado de
dores musculares, por Edu.
O time corintiano ficou mais
agressivo então e criou três grandes chances. Oliveira, na beira do
campo, pediu a sua defesa e a seus
volantes para avançarem mais.
A iniciativa contrariou a tese de
que o Corinthians jogaria pelo
empate, apostando em Dida em
uma decisão por pênaltis.
O Corinthians terminou o tempo regulamentar dominando o
Vasco, que teve mais tempo para
descansar para o Mundial.
Na prorrogação, o Corinthians
mostrou mais sinais de cansaço
-a partida foi disputada sob
uma temperatura de 30 C.
Assim, o jogo foi para as penalidades. E, de forma dramática, como gosta a torcida corintiana, e
também previsível, foi conquistado em defesa do goleiro Dida.
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