São Paulo, sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

tudo de novo

Ronaldo só depende dele, diz médico

Operado ontem no joelho esquerdo, atacante do Milan deve ficar de nove meses a um ano longe dos campos de futebol

Atacante conta com as companhias da namorada, de um fisioterapeuta e de Leonardo, dirigente do Milan, em hospital francês


GABRIELA LONGMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

Depois de ser submetido a uma operação no joelho esquerdo ontem, em Paris, o jogador Ronaldo deverá passar entre oito e dez dias no hospital. Executada pela mesma equipe de médicos que operou o atacante em 2000, a cirurgia durou pouco mais de duas horas.
A recuperação da lesão, ruptura do tendão patelar, levará entre nove meses e um ano, mas os médicos preferiram não falar da volta aos campos.
"Foi uma operação sem maiores problemas e muito similar à anterior. Oito anos depois, tenho as mesmas imagens na cabeça", disse o médico Gérard Saillant, em entrevista coletiva no hall do hospital.
Ronaldo começará ainda hoje as sessões de fisioterapia.
"A recuperação dependerá muito dele. Da sua musculatura e de seu psicológico", declarou o médico Yves Catonné, também da equipe médica.
Após a cirurgia que fez no joelho direito para reparar o tendão patelar, Ronaldo ficou cerca de dois anos fora dos gramados. O centroavante, hoje com 31 anos, conseguiu se recuperar a tempo de jogar e brilhar na Copa do Mundo de 2002.
Ronaldo chegou às 13h50 (10h50, no horário de Brasília) ao Hospital Pitié-Salpêtrière, na capital francesa, o mesmo em que foi operado pela primeira vez em 2000. Acompanhado da namorada, Maria Beatriz Antony, e do ex-jogador Leonardo (hoje dirigente do Milan), desceu do carro sozinho, sem ajuda, e com uma bolsa térmica sobre o joelho.
"Ronaldo já passou por isso. Ele sabe a dimensão", disse Leonardo, que acompanhou a coletiva médica e traduziu o boletim para os jornalistas italianos. Durante o dia, o jogador recebeu telefonemas de Silvio Berlusconi, presidente do Milan, e de Adriano Galliani, vice-presidente do clube.
"O Milan já mostrou que vai ficar do lado do jogador o tempo todo", disse Leonardo. O clube italiano tem contrato com Ronaldo apenas até a metade do ano e vinha acenando com a possibilidade de não renovar o acordo por causa das seguidas lesões do brasileiro.
Uma equipe de seguranças isolou boa parte do sétimo andar, impedindo a entrada de jornalistas na área do quarto 739, onde está o jogador. Por volta das 19h, Ronaldo desceu para a sala de cirurgia no subsolo. Maximiliano Sala, chefe da equipe médica do Milan, também viajou a Paris para acompanhar a operação.
Ronaldo, que seguiu de helicóptero para a França, teve ainda a companhia do fisioterapeuta Bruno Mazziotti. Foi ao hospital com roupa da Nike, com quem tem contrato.
O jogador se lesionou anteontem, no empate de 1 a 1 entre o Milan e o Livorno pelo Italiano. A lesão surgiu no lance em que o Milan teve um pênalti a seu favor -em disputa de bola, Ronaldo saltou e logo levou a mão ao joelho esquerdo. ""É como da outra vez", falou Leonardo sobre a lesão.
Ronaldo, que desfalcou o Milan quase todo o semestre passado por lesões musculares, já reclamava de tendinite no joelho antes da última contusão.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Especialista em doping da CBF fala em anabolizante
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.