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Rara, lesão é mais observada em atletas que precisam de explosão
DA REPORTAGEM LOCAL
A ruptura do tendão patelar
não é uma contusão corriqueira. Segundo especialistas consultados pela Folha, ela é mais
observada em atletas que exercem atividade de grande explosão muscular, como saltos, piques curtos e freadas bruscas.
Além da atividade física, há
outros "fatores de predisposição" que podem levar à lesão.
Ricardo Cury, diretor do comitê de cirurgia do joelho da
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, cita
quatro: uso de remédio para
evitar rejeição de transplante
de rim, doenças reumáticas,
uso de anabolizantes e infiltrações repetidas de corticóides
na articulação do joelho.
Segundo ele, apenas em casos de trauma externo (como
acidente de carro) há a ruptura
total sem quadro anterior de
tendinite ou de lesões crônicas.
"A freqüência da ruptura está descrita mais em esportes
como vôlei, basquete, salto triplo e salto em distância, além
do futebol", aponta Cury.
Segundo ele, os sintomas relatados são dores no pólo inferior da patela, principalmente
ao subir e descer escadas.
Wagner Castropil, doutor
pela USP em medicina esportiva e médico da confederação de
judô, diz que o risco cresce
quando o atleta faz um trabalho de fortalecimento intenso
em intervalo breve. "Por exemplo, quando um atleta quer subir de categoria de peso."
Mas, sem tecer mais comentários sobre o caso, que não conhece, ele descarta relacionar a
lesão de Ronaldo com seu fortalecimento nos primeiros
anos na Europa. "Em mais de
dez anos, seu corpo já teve tempo de se adaptar."
Castropil pondera que, como
sofreu o mesmo problema no
outro joelho, Ronaldo pode ter
"patela alta", uma predisposição na estrutura do joelho que
favorece esse tipo de lesão.0
(LF)
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