|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Meia-atacante substitui Carlos Miguel, que teve apendicite, e leva São Paulo à vitória contra o Corinthians
Marcelinho desmonta o "efeito Paraguai"
MAÉRCIO SANTAMARINA
ALEXANDRE GIMENEZ
da Reportagem Local
O São Paulo anulou a influência
do "efeito Paraguai" e venceu o
Corinthians por 3 a 0 ontem à tarde, no Morumbi, na segunda rodada da segunda fase do Paulista.
O técnico são-paulino Paulo César Carpegiani temia que a goleada
corintiana de 8 a 2 sobre o Cerro
Porteño, do Paraguai, pela Taça Libertadores da América, na última
quarta, pudesse ter um impacto favorável ao adversário.
O meia-atacante Marcelinho, escalado de última hora para substituir Carlos Miguel, operado de
apendicite, acabou sendo o destaque da partida, fazendo dois gols.
Carlos Miguel deve ficar pelo
menos duas semanas em recuperação, o que deve garantir a posição a
Marcelinho. ""Agradeço a Deus pelo meu sucesso. Tive muita sorte
na partida, mas a movimentação
do França e do Dodô foi importante", disse Marcelinho.
Quando o Corinthians parecia
assumir o total domínio do jogo,
forçando o São Paulo a ficar recuado em seu campo, acabou tomando um gol de forma inesperada.
Marcelinho surpreendeu o goleiro corintiano Nei com um chute de
longe, da intermediária, após receber a bola de Carabali. Ele arrematou forte, cruzado, por cobertura.
O Corinthians chegou a se desestabilizar por alguns instantes, mas,
com seus dois volantes (Vampeta e
Rincón) mais criativos e ofensivos,
voltou a dominar em seguida, quase chegando ao empate aos 20min.
Um passe do lateral Silvinho encontrou o meia-atacante Marcelinho livre na área, mas ele errou na
hora da finalização. Aos 28min,
Rogério impediu o empate defendendo uma cabeçada de Edílson,
em nova jogada de Silvinho.
A partir daí, a torcida corintiana
passou a pedir, em coro, a entrada
do atacante Dinei.
Os torcedores só seriam atendidos pelo técnico Evaristo de Macedo aos 16min do segundo tempo,
com a saída de Fernando, que estava muito marcado, em razão de ter
feito cinco gols contra o Cerro.
No final do primeiro tempo, o
São Paulo, que via suas jogadas de
ataque resumidas aos lançamentos
longos para França e Dodô, quase
sempre desarmados pelo zagueiro
corintiano Gamarra, tentou avançar os seus volantes e conseguiu
novamente o equilíbrio, que prevaleceria no segundo tempo.
O segundo gol do São Paulo, novamente dos pés de Marcelinho,
veio aos 28min da etapa final, em
cobrança de falta. Bordon rolou a
bola e ele chutou forte no canto esquerdo de Nei.
A torcida são-paulina, empolgada pelo fato de seu time estar vencendo uma equipe que vinha da
maior goleada até agora da Libertadores-99, provocava os corintianos com o coro: "Erro, erro, erro.
O São Paulo não é o Cerro".
Antes da partida, a polícia
apreendeu dez bombas de fabricação caseira, abandonadas por torcedores do São Paulo durante um
confronto perto do Morumbi.
Os torcedores do Corinthians já
começavam a ir embora quando o
São Paulo obteve um pênalti a seu
favor, que definiu o placar.
O atacante Warley, que entrara
no segundo tempo, tinha superado
a marcação corintiana e ia para a linha de fundo quando foi derrubado pelo zagueiro Cris. Serginho cobrou e fez 3 a 0.
Texto Anterior: O Corinthians e a síndrome de montanha-russa Próximo Texto: Corinthians perde outro atleta Índice
|