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São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003

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FUTEBOL

Time em que atletas trocam papéis faz e sofre mais gols em Nacionais

Revirado, Corinthians tem recordes positivo e negativo

Ormuzd Alves/Folha Imagem
O corintiano Doni, que sofre 2,3 gols por jogo no Nacional


RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

O artilheiro do time no Brasileiro é um zagueiro. Quem mais faz gols de cabeça é o baixinho da equipe. E dois atacantes são os titulares mais violentos. Assim é o Corinthians de Geninho.
O resultado dessa combinação incomum é uma equipe que tem o melhor ataque do Brasileiro, ao lado de Vasco e Cruzeiro, com nove gols, e a melhor média de tentos marcados pelos corintianos no Nacional. Mas, ao mesmo tempo, ostenta a pior média da defesa do clube na competição.
A média atual é de três gols marcados por partida, superior à marca de 2,39, a melhor até agora, obtida na edição de 1980.
Porém, hoje, a média de gols sofridos (2,3) é a pior do time no torneio. O clube chegou mais perto dessa marca na Copa JH, em 2000, com média de 1,9 gol.
"Já melhoramos. Vamos levar cada vez menos gols e fazer mais", disse o zagueiro Fábio Luciano.
Ele é o maior goleador corintiano no Nacional-2003, com três gols. Na temporada, já fez sete e divide a vice-artilharia do time no ano com o atacante Gil.
Com 1,90 m, o zagueiro marcou quatro de cabeça. Ele é superado por Liedson, que fez sete de seus 13 gols na temporada de cabeça.
Apesar de ter 1,73 m e ser o mais baixo do time ao lado de Leandro, Liedson é o mais eficiente nas jogadas ofensivas pelo alto.
Além de fazer gols, ele ostenta uma marca pouco comum para um atacante. Está entre os titulares mais violentos do time, com uma média de três faltas cometidas por jogo, segundo o Datafolha. Ele só é superado por outro goleador: Gil, com média de 3,5.
A explicação para os atletas trocarem de papéis talvez esteja na maneira de Geninho treiná-los.
Ontem, por exemplo, ele organizou um treino em que os jogadores estavam livres para escolher suas posições. Fábio Luciano e César foram para o ataque.
O trabalho foi inspirado justamente em treinos que Geninho observou em 2000 na Holanda, a terra do "futebol total", em que os atletas assumem várias funções.


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