DA REPORTAGEM LOCAL

Apresentado ontem como reforço do Corinthians, o volante Cocito, 25, está mais preocupado em acabar de vez com a fama de violento do que com possíveis cobranças da torcida por substituir o ídolo Vampeta
O ex-jogador do Atlético-PR foi emprestado até o fim do ano, já que Vampeta não deve se recuperar antes disso da cirurgia feita na semana passada no joelho esquerdo.
Cocito afirma que até 2002 estava sendo perseguido pelos juízes por ter feito uma falta em Kaká, que tirou o são-paulino de campo nas quartas-de-final do Nacional de 2001. O São Paulo foi eliminado pelo Atlético-PR, e o meia-atacante deixou o campo chorando.
"Agora, a situação melhorou. Mas antes, por causa daquele lance, os árbitros me viam como um monstro, um animal, e me davam logo o amarelo", afirmou o atleta.
Em todas as entrevistas que deu, Cocito repetiu que não é desleal. "Joguei cerca de 70 partidas no Brasileiro e só fui expulso uma vez."
No Nacional-02, ele cometeu, em média, 3,7 faltas por jogo, segundo o Datafolha. Essa média é bem inferior à do jogador mais violento desta edição do torneio, Marcos Paulo, do Fortaleza, que comete oito infrações.
Cocito deve disputar uma vaga com Fabrício. Fabinho segue jogando mais avançado. O novo contratado tem características mais defensivas que Vampeta.
O técnico Geninho espera que a contratação do atacante Allan Delon, do Vitória-BA, seja definida hoje, mas a negociação emperrou. (RP)


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