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FUTEBOL
Mesmo pressionada pelos clubes, entidade mantém preço mínimo a R$ 20
FPF impede promoção na final mais vazia do Paulista
DO PAINEL FC
A Federação Paulista não cedeu
aos pedidos de São Caetano e
Paulista e manterá o preço mínimo de R$ 20 na final mais esvaziada da história do Estadual. Também houve pressão para tirar a
decisão do Pacaembu, mas a entidade argumentou que não havia
lugar melhor para o evento.
Após o fiasco na Páscoa, quando apenas 10.014 pessoas pagaram para ver a vitória do time do
ABC por 3 a 1, dirigentes dos dois
finalistas pediram permissão à
FPF para dar desconto de 50%
nos ingressos para o segundo jogo
no Pacaembu. Pelo regulamento,
apenas a entidade pode aceitar
mudanças no preço das entradas.
Marco Polo Del Nero, presidente da entidade, vetou a alteração.
"Disse a eles que não faria sentido
baixar o preço do ingresso justamente na final. Não seria justo
com outros clubes, que fizeram o
mesmo pedido durante a competição. O valor é R$ 20, conforme
determina o regulamento, e ponto final", disse o cartola, ontem.
Também ontem, começaram a
ser vendidos os ingressos para a
finalíssima. E nenhum dos envolvidos acredita que os mais de 39
mil lugares colocados à disposição serão preenchidos.
No bolão organizado na cúpula
da FPF sobre o público da decisão, Del Nero aposta em 23 mil lugares. No último domingo, cravou 17 mil -mesmo assim ganhou, já que foi o dirigente que
mais se aproximou dos vexatórios
10 mil presentes. "Na Páscoa era
complicado encher o Pacaembu.
Mas com certeza o público será
bem maior na segunda final", argumentou Del Nero.
No primeiro jogo entre as equipes, no domingo, foi quebrado
um recorde histórico da competição -foi o pior público em finais
em dois jogos em todos os tempos. Antes, a marca pertencia a
Bragantino x Novorizontino, que
levaram 15 mil pessoas ao estádio
na decisão de 1990.
Ontem, os dois clubes reclamaram da manutenção da finalíssima no estádio municipal.
"Seria uma grande festa na cidade de Jundiaí. Com certeza o Jaime Cintra lotaria. No domingo,
sozinhos levamos 8.000 pessoas.
A comunidade jundiaiense esperou mais de 90 anos por esse dia e
perdeu a chance de ver seu time
na final por uma decisão equivocada do TJD", afirmou Eduardo
Palhares, presidente do Paulista,
em referência à punição imposta
pelo tribunal pelos incidentes no
jogo de seu time contra a Ponte
Preta, nas quartas-de-final.
O São Caetano, que lotou o Pacaembu na final da Taça Libertadores de 2002 contra o Olimpia
(Paraguai), também atribuiu ao
local o pouco interesse de seus
torcedores. "É triste ver um estádio para 40 mil pessoas só com 10
mil. Seria melhor se as finais fossem em Jundiaí e São Caetano. Só
espero que o segundo jogo encha", declarou o presidente do
São Caetano, Nairo Ferreira de
Souza.
(FERNANDO MELLO)
Colaborou Marcus Vinícius Marinho,
da Reportagem Local
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