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São Caetano joga na
Bolívia por sobrevida
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Caetano enfrenta hoje à
noite o Strongest, em La Paz, na
Bolívia, a 3.600 m de altitude, tentando manter a escrita de "time de
chegada" na Libertadores.
Embora tenha historicamente
um aproveitamento de pontos relativamente baixo no torneio continental -ganhou só 49% dos
pontos, indo mal principalmente
na primeira fase-, o time do
ABC se classificou para a segunda
fase da Libertadores nas duas outras vezes em que participou. Alcançou, inclusive, uma final.
Neste ano, a exemplo de 2001, o
São Caetano chegou à última rodada da primeira fase da Libertadores com a classificação ameaçada: precisa vencer hoje os bolivianos e torcer contra o Peñarol, que,
no mesmo horário, recebe em
Mondevidéu uma equipe mista
do América do México, já garantido. Em caso de vitória dos uruguaios -que estão empatados
em segundo com o São Caetano-, a disputa se resolverá no
saldo de gols. E isso tudo apenas
por uma vaga na repescagem.
"Podemos ganhar. No Paulista
estava mais difícil", diz o zagueiro
Dininho, lembrando que no Estadual-04 o São Caetano também se
classificou na última rodada.
Venceu seu jogo, mas só avançou
devido ao tropeço do Marília, que
empatou em casa com o Oeste.
O momento no Estadual, no entanto, é diferente. Finalista, o clube pode até perder para o Paulista
por um gol de diferença no domingo que terá seu primeiro título em um campeonato de divisão
de elite. Diante desse cenário, alguns jogadores, como Serginho e
Silvio Luiz, pediram para ser poupados. Porém o técnico Muricy
Ramalho, que ainda pensa na
classificação na Libertadores, não
só levou os 25 inscritos à Bolívia
como deve escalar força máxima.
"Todos os clubes do Brasil trabalham duro para estar na Libertadores. É o que há de mais importante. É um absurdo dizer que
a gente, que está nela, perdeu a
motivação", diz o atacante Euller.
Para os atletas do São Caetano,
que no jogo de ida bateram o
Strongest por 4 a 2, o principal
problema do time não será o rival.
"A principal arma deles? A altitude", diz o zagueiro Serginho. "Eles
sabem usar isso como ninguém."
No rival boliviano, que ainda
tem chance de classificação no
Grupo 1, o desânimo é pronunciado. "Que termine de uma vez nossa presença na Libertadores. Nossas chances são remotas", disse
Néstor Clausen ao site oficial do
Strongest. O treinador quer que o
time se dedique só ao Boliviano,
onde tem mais possibilidades.
NA TV - Sportv, ao vivo, a
partir das 20h
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