São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2004

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São Caetano joga na Bolívia por sobrevida

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Caetano enfrenta hoje à noite o Strongest, em La Paz, na Bolívia, a 3.600 m de altitude, tentando manter a escrita de "time de chegada" na Libertadores.
Embora tenha historicamente um aproveitamento de pontos relativamente baixo no torneio continental -ganhou só 49% dos pontos, indo mal principalmente na primeira fase-, o time do ABC se classificou para a segunda fase da Libertadores nas duas outras vezes em que participou. Alcançou, inclusive, uma final.
Neste ano, a exemplo de 2001, o São Caetano chegou à última rodada da primeira fase da Libertadores com a classificação ameaçada: precisa vencer hoje os bolivianos e torcer contra o Peñarol, que, no mesmo horário, recebe em Mondevidéu uma equipe mista do América do México, já garantido. Em caso de vitória dos uruguaios -que estão empatados em segundo com o São Caetano-, a disputa se resolverá no saldo de gols. E isso tudo apenas por uma vaga na repescagem.
"Podemos ganhar. No Paulista estava mais difícil", diz o zagueiro Dininho, lembrando que no Estadual-04 o São Caetano também se classificou na última rodada. Venceu seu jogo, mas só avançou devido ao tropeço do Marília, que empatou em casa com o Oeste.
O momento no Estadual, no entanto, é diferente. Finalista, o clube pode até perder para o Paulista por um gol de diferença no domingo que terá seu primeiro título em um campeonato de divisão de elite. Diante desse cenário, alguns jogadores, como Serginho e Silvio Luiz, pediram para ser poupados. Porém o técnico Muricy Ramalho, que ainda pensa na classificação na Libertadores, não só levou os 25 inscritos à Bolívia como deve escalar força máxima.
"Todos os clubes do Brasil trabalham duro para estar na Libertadores. É o que há de mais importante. É um absurdo dizer que a gente, que está nela, perdeu a motivação", diz o atacante Euller.
Para os atletas do São Caetano, que no jogo de ida bateram o Strongest por 4 a 2, o principal problema do time não será o rival. "A principal arma deles? A altitude", diz o zagueiro Serginho. "Eles sabem usar isso como ninguém."
No rival boliviano, que ainda tem chance de classificação no Grupo 1, o desânimo é pronunciado. "Que termine de uma vez nossa presença na Libertadores. Nossas chances são remotas", disse Néstor Clausen ao site oficial do Strongest. O treinador quer que o time se dedique só ao Boliviano, onde tem mais possibilidades.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 20h


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