São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2005

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Para CBF, país dá exemplo

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse ontem que o Brasil está dando um exemplo ao mundo ao punir o zagueiro argentino Leandro Desábato, do Quilmes, acusado de racismo pelo atacante Grafite, do São Paulo.
"No esporte, só há lugar para o entendimento e a confraternização entre as pessoas. As diferenças ficam por conta apenas dos confrontos nos gramados", afirmou o dirigente, que tem os cartolas argentinos -especialmente o presidente da AFA, Julio Grondona- como grandes aliados.
O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, também censurou a atitude do jogador argentino no jogo do Morumbi.
"Em um mundo globalizado, não se entende uma atitude como essa, ainda mais no esporte que sempre foi um campo no qual se exercita a liberdade e a igualdade", disse o técnico, que não comentou se a prisão do jogador do Quilmes poderá provocar uma retaliação dos argentinos no clássico entre as duas seleções, em junho, no estádio Monumental, em Buenos Aires, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006 -os argentinos lideram a competição, e o time comandado por Parreira aparece em segundo lugar na classificação.
Parreira, que escala uma seleção brasileira titular formada quase que inteiramente por negros, disse que, "no mundo atual não há lugar para demonstrações de racismo, notadamente no futebol, um esporte que na história serviu para unir povos e nações".
"Alma não tem cor. Toda manifestação de racismo deve ser condenada", disse o treinador.


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