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Para CBF, país dá exemplo
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, disse ontem que o Brasil
está dando um exemplo ao mundo ao punir o zagueiro argentino
Leandro Desábato, do Quilmes,
acusado de racismo pelo atacante
Grafite, do São Paulo.
"No esporte, só há lugar para o
entendimento e a confraternização entre as pessoas. As diferenças ficam por conta apenas dos
confrontos nos gramados", afirmou o dirigente, que tem os cartolas argentinos -especialmente
o presidente da AFA, Julio Grondona- como grandes aliados.
O técnico da seleção brasileira,
Carlos Alberto Parreira, também
censurou a atitude do jogador argentino no jogo do Morumbi.
"Em um mundo globalizado,
não se entende uma atitude como
essa, ainda mais no esporte que
sempre foi um campo no qual se
exercita a liberdade e a igualdade", disse o técnico, que não comentou se a prisão do jogador do
Quilmes poderá provocar uma
retaliação dos argentinos no clássico entre as duas seleções, em junho, no estádio Monumental, em
Buenos Aires, pelas eliminatórias
para a Copa do Mundo de 2006
-os argentinos lideram a competição, e o time comandado por
Parreira aparece em segundo lugar na classificação.
Parreira, que escala uma seleção
brasileira titular formada quase
que inteiramente por negros, disse que, "no mundo atual não há
lugar para demonstrações de racismo, notadamente no futebol,
um esporte que na história serviu
para unir povos e nações".
"Alma não tem cor. Toda manifestação de racismo deve ser condenada", disse o treinador.
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