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Jogador diz que
seu apelido não
é "pejorativo"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Mais do que as palavras, o
que vale mesmo são as maneiras como são ditas." Esse foi o
discurso do atacante Grafite
para isentar a conotação racista
de seu apelido no futebol.
E ele deu um exemplo comum que acontece em seu local de trabalho, o campo, na coletiva de ontem. "Uma coisa é
você falar: "Oh, negão, vai com
calma". Outra é dizer: Oh, seu
negão de merda."
Para Grafite, o seu apelido
nunca teve uma conotação depreciativa. Por isso, diz nunca
ter se preocupado com isso. "É
normal quando as pessoas me
chamam de Grafite. Não vejo
nenhum problema."
Problema mesmo o atleta só
enxerga no caso de o São Paulo
cruzar com uma equipe argentina nas próximas fases da Libertadores. "Vão ter problemas, mas confio na retaguarda
do São Paulo", disse ele, que já
fez três gols no torneio e voltou
a falar que não tem nada contra
o povo argentino. "O meu problema foi com o Desábato."
Já o presidente do clube,
Marcelo Portugal Gouvêa, disse que o incidente vai ter uma
repercussão positiva em âmbito mundial. "Isso serve de
exemplo para o mundo inteiro.
Aqui no Brasil, nós não aceitamos esse tipo de desaforo", falou o dirigente.
(TA)
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