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MEMÓRIA
Até hoje, ofensas raciais no Brasil ficaram no campo
DA REPORTAGEM LOCAL
O argentino Desábato sofreu uma punição nunca
aplicada a outros jogadores
acusados de ofensas raciais
nos gramados brasileiros.
A lista tem gente famosa,
como Paulo Nunes e Diego,
jogadores de times médios,
como Wellington Paulo, e
até outro atleta com passaporte argentino, Frontini.
Em 1999, quando defendia
o Palmeiras, Paulo Nunes foi
acusado por Rincón, então
no Corinthians, e Vágner, na
época no São Paulo, de insultos raciais em jogos.
Três anos depois, foi a vez
de o santista Diego estar no
centro de uma polêmica. Segundo jogadores do Corinthians na época, como Kléber e Renato, ele teria chamado os rivais de "macacos"
em jogo do Brasileiro-02.
Na atual temporada, outros dois casos aconteceram.
Em Minas Gerais, o zagueiro
Wellington Paulo, do América, fez ofensas racistas a
André Luiz, do Atlético-MG.
Ele não foi preso, mas recebeu um gancho esportivo de
30 dias da federação local.
Antes de Grafite, o São
Paulo já havia tido um jogador seu envolvido em um caso de suposto racismo. O zagueiro Fabão acusou Frontini, que nasceu em Buenos
Aires -mas chegou ainda
criança ao Brasil-, de tê-lo
chamado de "macaco" no
confronto entre o time do
Morumbi e o Marília.
Com tantos casos ignorados, nem todos os jogadores
negros aplaudem o ocorrido
com Desábato. "Foi uma atitude errada do jogador do
Quilmes, mas a atitude que
fizeram contra ele também
foi. Não é só no campo que
acontece isso, em todo lugar
tem racismo, na esquina, no
shopping. Deveriam tomar
essa atitude com todos os
que têm preconceito", disse
Betão, do Corinthians.
(PC)
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