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Com um a mais, Santos decepciona
Equipe de Luxemburgo atua com 11 contra 10 em boa parte do segundo tempo, mas não fura bloqueio do Bragantino
Bragantino 0
Santos 0
JULYANA TRAVAGLIA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida alvinegra, feliz, ditava aos gritos e ao som de tambores o ritmo dos minutos finais da partida. O apito final a
fez explodir com o resultado no
estádio do Pacaembu. Mas os
alvinegros que ontem celebraram foram os do interior.
Com um a mais durante mais
da metade do segundo tempo, o
Santos não conseguiu bater o
Bragantino no primeiro jogo
das semifinais do Paulista e ficou no 0 a 0, em jogo que teve
universitárias como gandulas.
A noite foi de êxito para o time de Bragança Paulista, que
apostou na defesa e só fez reforçá-la à medida que o confronto
evoluía, sobretudo depois que
teve Luis Henrique expulso no
começo da etapa final.
Porém, na prática, o empate
no jogo de ida dos mata-matas
não chega a complicar muito a
tarefa santista de fazer valer
seu favoritismo sobre o adversário, construído a partir de sua
liderança sólida na primeira fase da competição.
Nova igualdade no duelo de
domingo que vem, no Morumbi, coloca o time da Vila Belmiro na decisão do Estadual.
O Bragantino escolheu seguir os mandamentos básicos
de um confronto típico entre time grande e pequeno. Como
"nanico" da vez, armou-se para
contragolpear e para anular o
principal jogador santista.
O contra-ataque ficava por
conta da velocidade de Everton, revelação da equipe de
Bragança, e Alex Affonso, que
depois do Paulista volta a defender o Palmeiras. A combinação resultou em algumas chances de ameaça a Fábio Costa.
Na defesa, coube ao volante
Adriano marcar Zé Roberto de
perto, segui-lo para onde ele
fosse. "Tem que colar e fazer o
mínimo de faltas possível. Eu
estou chegando próximo, não
estou batendo nele. Estou sendo leal para não dar chances de
ele colocar alguém na cara do
gol", disse o jogador do Bragantino, cuja marcação por vezes
incomodou o craque rival.
Se Adriano não usou de violência para trabalhar, seus
companheiros foram menos
delicados. As faltas duras também foram utilizadas pelo Bragantino, que colecionou três
cartões amarelos ainda no primeiro tempo. Mas a estratégia
deu certo. O Santos só conseguiu fazer seu meio-campo jogar na segunda metade da etapa
inicial, quando Kléber saía da
lateral para a faixa central do
campo para armar na hora em
que o time retomava a bola.
Os santistas deixaram o gramado no intervalo resignados
com o jogo mais complicado do
que o esperado e o 0 a 0 no placar. "A gente sabia que teria dificuldade. O jogo não é fácil",
disse Kléber, que ainda criticou
a imprensa por, segundo ele, jogar o favoritismo todo na semifinal para cima do Santos.
No segundo tempo, o Bragantino juntou à precaução o
atrevimento de quem enxerga
uma chance de vencer. E, de fato, ela apareceu. Duas vezes.
Ambas com Alex Affonso. Na
segunda, numa jogada em que o
time pediu pênalti de Adaílton.
O panorama mudou pouco
tempo depois, com o vermelho
dado a Luis Henrique. O Bragantino foi obrigado a abandonar a marcação individual em
Zé Roberto. Porém nem isso foi
suficiente para o Santos marcar. O time, com o papel que lhe
cabia, pressionou, mas não levou. E o azarão, com o que lhe
restava, segurou e celebrou.
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