São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

África do Sul quer espalhar Copa por vizinhos

Dirigente solicita à Fifa que outros países possam receber seleções para treinamentos até a véspera de suas estréias no Mundial

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Copa será na África do Sul, mas o Brasil poderá viajar para Moçambique no meio de 2010. A organização do Mundial sul-africano solicitou à Fifa a participação de países próximos no processo de recepção e treinamento das seleções que estarão na disputa do nobre torneio.
Danny Jordaan, responsável pelo comitê organizador, quer ""dividir" a sede do Mundial com vizinhos para aumentar o caráter africano da Copa (pela primeira vez a disputa será nesse continente) e para desafogar acomodações na África do Sul.
""Será a Copa do Mundo da África, e nós estamos fazendo um pedido à Fifa para mudar as regras", afirmou Jordaan, referindo-se à exigência da máxima entidade do futebol de que as seleções classificadas estejam no país-sede no mínimo sete dias antes de sua estréia.
Segundo o dirigente, as delegações ficariam alojadas e treinariam em países como Moçambique e Suazilândia e poderiam viajar para a África do Sul, em vôos de 90 minutos, apenas um dia antes de suas partidas.
Para a Copa do ano passado, na Alemanha, a seleção brasileira optou por um período de treinamentos na Suíça pouco antes de o torneio começar. Outras seleções também só viajaram para o território alemão quando as regras exigiram.
Jordaan, que já sugeriu Moçambique como base para a seleção brasileira, espera entre 350 mil e 450 mil visitantes de outros continentes na África do Sul no Mundial. Ele acredita que o pedido será aprovado.
""A Fifa não nos deu uma resposta ainda, mas é interesse de todos que a Copa seja um sucesso. Estamos trabalhando duro para que isso aconteça. Não podemos falhar", afirmou.
O dirigente voltou a declarar que haverá ingressos com preços populares para os torcedores locais. E prometeu repetir os pontos de encontro de torcidas que fizeram sucesso na Copa da Alemanha (o programa, chamado de Fan Fest, atraiu milhares de torcedores sem entradas para a frente de telões).
""Teremos ingressos baratos. Há muitas pessoas que acompanham o futebol há anos em nosso país e precisam ter acesso ao evento. A Fifa compreende isso", falou o dirigente.
Jordaan teme, no entanto, que as entradas acabem sendo vendidas por preços abusivos no mercado negro. A Fifa já foi alertada para o risco de cambistas tomarem posse de grande número de ingressos da primeira Copa africana e, até o final do ano, deverá anunciar medidas para evitar essa ação.
Os telões para torcedores sem entradas, segundo plano do comitê organizador, seriam utilizados tanto em cidades que receberão partidas na África do Sul como em municípios que não serão sedes.
A proposta é fazer a Copa com a maior participação popular possível. As principais obras do Mundial sul-africano começaram no início deste ano.


Texto Anterior: Zé Roberto cobra mais inteligência
Próximo Texto: Para hospedar a polícia, Pan pede socorro a hotéis
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.