UOL


São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Time, que decide futuro hoje na Copa do Brasil, toma menos gols, troca mais passes e segura volantes com interino

Estilo Rojas move São Paulo contra Goiás

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Para avançar às semifinais da Copa do Brasil, o São Paulo tem que manter o estilo Roberto Rojas hoje, às 20h30, contra o Goiás.
A preocupação mais defensiva do interino tem mantido o time invicto desde a saída de Oswaldo de Oliveira. E pode manter a equipe viva na Copa do Brasil.
Para passar pelo Goiás sem maiores dificuldades, o São Paulo não pode tomar gols. Assim, ainda que não marquem, os paulistas levarão a decisão para os pênaltis. Isso porque empataram a primeira partida das quartas-de-final, em Goiânia, por 0 a 0. Empate com gols dará, portanto, vaga aos goianos na fase semifinal.
Com os mesmos titulares do seu antecessor, exceção feita ao zagueiro Lugano, Rojas mudou as características do time, que toma menos gols, troca mais passes e prende os volantes para liberar os laterais. As estatísticas do Datafolha referem-se ao Brasileiro.
"A nossa parte é realmente não tomar gols", disse Jean, que fará dupla com Lugano porque Gustavo Nery cumprirá suspensão.
Luis Fabiano, 24 gols em 24 jogos em 2003, é a esperança de gols, ainda que com Rojas a equipe arrisque menos chutes e anote menos gols. O ataque agora faz 5,5 finalizações corretas por partida -antes eram 6,8. Com o interino, o time fez cinco gols em três jogos (média de 1,66). Com Oliveira, a média em 2003 era de 2,52.
Sob os gritos do chileno, o São Paulo prende mais a bola (328 x 316 passes por jogo), aciona bastante os laterais Leonardo e Fabiano e segura os volantes Adriano e Júlio Baptista -"que precisam proteger a zaga", segundo Rojas.
Com o técnico demitido, os laterais participavam menos das jogadas ofensivas. Gabriel e Fabiano, então titulares, cruzavam, em média, 16 vezes por jogo. Leonardo e Fabiano, na gestão Rojas, aumentaram a marca para 27.
Em compensação, Júlio Baptista e Adriano poucas vezes passam do meio-campo. "Não pode sair todo mundo. A defesa não toma gol sozinha. Todos têm que ajudar", disse o chileno.
A mudança faz da defesa de Rojas um pouco melhor do que a de Oliveira. Em dois jogos pelo Nacional, a média do interino é de dois gols sofridos -a do demitido era de 2,3 gols. Se for incluído o 0 a 0 contra o Goiás pela Copa do Brasil, a média da equipe de Rojas, que desarma quase como a de Oliveira (108 x 109,8), cai para 1,33. Nos 23 jogos que dirigiu o São Paulo neste ano, Oliveira teve a sua defesa vazada 33 vezes (1,43) -seis nas finais do Paulista.
Apesar das diferenças, o chileno nega que tenha imposto mudanças táticas. "Mantenho o trabalho. Mas não é certo falar que o São Paulo está sem técnico. Tem um interino, mas tem", disse Rojas.
No Goiás, a volta do meia Caíco é a novidade. Outra arma de Candinho é o atacante Dimba, vice-artilheiro do Brasileiro (oito gols).


Colaborou a Agência Folha

NA TV - São Paulo x Goiás, Sportv, ao vivo, às 20h30


Texto Anterior: Automobilismo: Presidente da Ferrari dá um ultimato à F-1
Próximo Texto: Memória: Morumbi garante 100% de sucesso nos jogos de volta
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.