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Ataque corintiano ressuscita
Aumento da produção ofensiva acontece paralelamente à queda no poderio defensivo do alvinegro
Chicão minimiza gols sofridos e revela que pacto após derrota para o Goiás mudou a forma de o time se portar em campo agora
PAULO GALDIERI
ENVIADO ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Defesa firme com ataque razoável ou ataque eficiente com
defesa mais frágil.
Na atual temporada, o Corinthians de Mano Menezes, semifinalista da Copa do Brasil,
experimenta o movimento que
lembra uma gangorra.
No início do ano, o treinador
gaúcho não escondeu que sua
estratégia era armar o time a
partir do setor defensivo: a
prioridade inicial era não levar
gols. Com o passar do tempo -e
com o aumento da cobrança sobre jogadores como Acosta-, o
time passou a se soltar mais, incrementando consideravelmente seu poder ofensivo.
No início do Campeonato
Paulista, a retaguarda alvinegra
passou incólume por ataques
como o são-paulino, do badalado atacante Adriano.
Nos últimos três jogos, levou
quatro gols. Incluindo dois
(dentro do Pacaembu) do modesto CRB, time alagoano que
de badalado não tem nada.
"No início, foi importante a
prioridade na defesa, para dar
mais segurança e confiança ao
elenco", avalia o zagueiro Chicão. "Com o tempo, isso [tal necessidade] passou."
Ele minimiza o tento sofrido
anteontem contra o São Caetano nos minutos finais. Alega
que, a exemplo do segundo gol
do CRB, o Corinthians foi vazado quando o resultado estava
praticamente assegurado.
Por outro lado, o defensor
(que deixou seus gols nas últimas duas apresentações corintianas) destaca a mudança na
forma de o Corinthians jogar,
após a derrota por 3 a 1 para o
Goiás pela Copa do Brasil. E
conta que isso foi decidido em
um pacto entre os atletas.
"Sabíamos que tínhamos de
dar mais em campo, mudar a
nossa atitude nas partidas, precisávamos incentivar mais uns
aos outros", afirmou ele. Sobre
a forma de jogar, citou o posicionamento de Herrera mais
avançado, com Dentinho mais
aberto pelas laterais.
Se o atleta minimiza o movimento de gangorra, o técnico vê
motivo para atenção.
"Não adianta ter força ofensiva se toda vez que a bola cai no
seu sistema defensivo você leva
um susto", disse Mano em Ribeirão Preto, após o jogo.
Ele destacou o fato de o meia-atacante Acosta ter voltado a
marcar -ele entrou durante a
partida contra o São Caetano e
fez o terceiro gol anteontem.
Mas minimizou a euforia
após a classificação à semifinal
da Copa do Brasil pela primeira
vez desde 2002.
"Futebol é tudo muito rápido. Hoje nós temos quatro vitórias consecutivas, mas, na hora
em que relaxarmos um pouco,
não conseguiremos vencer. É
um time de superação", finalizou o treinador.
Colaborou FABIO TURA, do Datafolha
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