A Confederação Brasileira de Esportes Radicais foi fundada em 2002 e não tem evento programado para este ano

CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

COMUNICADO encaminhado nesta semana chamou a atenção de cara pelos autores: Bob Burnquist, Renan Rocha, Fabíola da Silva, Marreco, Marcelo Andrade, Jorge Kuge, Luis Campos, entre outros nomes representativos dos esportes de ação, validavam a missiva.
O grupo faz parte do recém-criado Comitê Nacional dos Esportes Radicais, que tem por objetivo legitimar as confederações, dar suporte às organizações e representar os esportes em órgãos públicos e privados. E a primeira ação do comitê foi um alerta. O comunicado dirigido a imprensa, atletas, empresas do segmento e toda a comunidade de praticantes aponta que a CBER (Confederação Brasileira de Esportes Radicais) "não possui legitimidade e representatividade nos esportes radicais ou de ação".
Por ignorar a existência da confederação, fui pesquisar seu site e constatei que sua fundação data de 2002, que seu único filiado é a Federação Paulista de Sports & Fitness e que, além da Ata de Constituição, houve uma única outra assembleia, datada de fevereiro de 2007, na qual se define a eleição do presidente e da diretoria e enaltece "o grande desempenho que esta direção teve neste [sic] últimos anos, realmente fomentando a prática desportiva entre os filiados e organizando, em parceria com grandes empresa [sic], ótimos eventos em suas diversas modalidades e categorias".
O site da CBER ainda mistura ginástica aeróbica e hip hop com surfe e skate, tem diversos ambientes "em construção" e, quando acessado pelo link do Ministério do Esporte, apesar de ter verbas de incentivo aprovadas, não apresenta nenhum evento na temporada 2009.
Os esportes de ação estão longe de ser um primor na organização de suas entidades e seus eventos, mas a federação brasileira de surfe, assim como a de skate, só para citar os dois esportes mais relevantes nesse universo, contam com dezenas de associações filiadas, e as pessoas envolvidas na promoção dos esportes têm de fato propriedade e envolvimento com eles, porque, antes de tudo, gostam de praticá-los.

TEAHUPOO - WCT
Sem as habituais ondas pesadas, a terceira etapa do Mundial está em disputa no Taiti. Heitor Alves passou na primeira fase, e Adriano de Souza ainda estrearia.

BRASILEIRO DE SURFE
Jano Belo e Suelen Naraisa venceram na abertura do SuperSurf 2009, que marcou a estreia do Guarujá no circuito com ótimas ondas.

MOUNTAIN BIKE
Ainda restam vagas para o curso feminino de formação no esporte, com Jaqueline Mourão, que acontece em Belo Horizonte, de 29 a 31 de maio: www.redbull.com.br/undermywing.

sarli@trip.com.br


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