São Paulo, sábado, 15 de maio de 1999

Próximo Texto | Índice

INDY
Christian Fittipaldi larga na frente hoje pela 1ª vez na carreira na etapa brasileira organizada pelo tio Emerson
Pole faz da Rio 200 "prova de família'

Patrícia Santos/Folha Imagem
Christian Fittipaldi, sobrinho do organizador da prova, pilota seu Newman Hass durante treino em que garantiu a pole da etapa do Rio da Indy


FERNANDO ITOKAZU
enviado especial ao Rio

SÉRGIO TORRES
da Sucursal do Rio

Na primeira prova da Indy no Brasil com seu tio Emerson como promotor, Christian Fittipaldi conseguiu sua primeira pole na categoria e deu um clima de festa de família à Rio 200, quinta etapa da temporada, marcada para hoje, às 13h, em Jacarepaguá.
O brasileiro da Newman Hass, que havia conseguido o segundo tempo nos treinos livres da manhã, conseguiu o ponto de bonificação dado ao piloto que larga na frente, com o tempo de 38s565, novo recorde do oval.
Após a tentativa frustada de Dario Franchitti, último piloto do treino oficial e o mais rápido pela manhã, de conseguir a pole, Christian foi erguido por amigos, para acenar para a torcida.
O companheiro de Christian, o norte-americano Michael Andretti, conseguiu apenas o 15º tempo, com 39s386. "O carro esteve excelente, com exceção da saída de traseira na curva 4", disse Christian.
Segundo o piloto, a equipe tentaria resolver esse problema com ajustes na suspensão traseira na noite de ontem.
A estratégia de Christian para a prova de hoje é atacar nas 20 voltas finais. "Por isso, vai ser muito importante estar na frente todo o tempo ou pelo menos entre os três primeiros", afirmou o piloto.
Segundo o brasileiro, a diminuição da extensão da total da prova -de 400 quilômetros para 200 milhas (321,868 km)- vai beneficiar principalmente quem largar entre os seis primeiros.
Christian é o brasileiro mais bem colocado no campeonato. Ocupa a sexta posição, com 35 pontos. Ele disse acreditar na possibilidade de disputar o título da temporada.
O líder do campeonato, o colombiano Juan Pablo Montoya, larga na terceira posição.
"O carro estava muito bom, mas não desenvolvi todo o potencial, pois não me sentia totalmente adaptado", afirmou Montoya, que hoje disputa pela primeira vez uma prova no Rio.
Nas três edições anteriores da prova, Mauricio Gugelmin foi o único brasileiro a conseguir a pole, em 1997. Nunca o piloto da pole venceu a prova carioca.
As chuvas, que já haviam forçado o cancelamento das sessões de treinos anteontem, atrasaram a programação de ontem.
Os treinos livres, marcados para as 8h30, só puderam começar às 10h56, quando a pista estava seca.
Além da chuva, que voltou a atingir o oval -anteontem os treinos foram cancelados-, um acidente com o norte-americano Robby Gordon também interrompeu a única sessão livre.
Os pilotos tiveram pouco mais de uma hora de intervalo entre o término do treino livre e o oficial, que começou às 1h30. A chuva voltou a atingir o autódromo no treino classificatório e interrompeu a sessão por 1 hora e 10 minutos.
A chuva começou logo após a batida do brasileiro Gualter Salles, da Bettenhausen, na curva 1.
"O carro saiu de traseira na última volta. Minha intenção era tirar meio segundo nessa volta", disse.
Salles disse que o choque não se deveu à chuva, mas ao pouco tempo de treino antes da sessão classificatória. Antes da largada, os pilotos terão uma sessão de 30 minutos de aquecimento pela manhã.
Apesar do acidente, Salles larga na 21ª colocação, melhor do que Maurício Gugelmin e Luiz Garcia Jr., que não tiveram tempo registrado e largam, respectivamente na 25ª e na última colocação.
Gugelmin teve problemas com a válvula de pressão do turbo de seu PacWest. Garcia teve problemas de câmbio.
Os dez brasileiros que largam hoje, número recorde na história da categoria, tentam quebrar um jejum de vitórias na categoria.
O último triunfo aconteceu com Maurício Gugelmin, em Vancouver (Canadá), em 1997.



Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.