São Paulo, sábado, 15 de maio de 1999

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Prova testa Emerson e Piquet como organizadores

e da Sucursal do Rio

Promotor da prova da Indy no Brasil, o ex-piloto Emerson Fittipaldi espera ter hoje a confirmação do sucesso do trabalho que iniciou no ano passado, ao assumir, em parceria com o também ex-piloto Nelson Piquet, o autódromo do Rio e a organização da corrida.
Emerson planeja fixar de modo definitivo a prova carioca da Indy no calendário automobilístico nacional e internacional. Sem ele, a prova de hoje não ocorreria, segundo disse ontem o presidente da Cart (entidade que dirige a Indy), o norte-americano Andrew Craig.
"O risco de o Brasil perder a corrida era real. Eu precisava encontrar um parceiro correto, e havia muito pouco tempo. Se Emerson não tivesse aparecido, a corrida não aconteceria", disse o dirigente.
A expectativa da organização da prova de hoje é levar cerca de 50 mil pessoas ao autódromo, contra as pouco mais de 20 mil que compareceram no ano passado, mesmo com distribuição gratuita de milhares de ingressos.
"O Rio é o palco perfeito para um evento internacional como esse. O Rio é a imagem do Brasil", disse Emerson.
O aumento da interação entre o público e os pilotos é uma das principais metas da equipe comandada por Emerson no Rio.
"Precisamos trazer o público. Os espectadores querem ver os carros e os pilotos de perto, sentir mais o esporte. Essa é a diferença entre a Indy e a F-1", afirmou o promotor da prova.
Algumas atrações foram acertadas pela organização. Uma delas diz a respeito à ordem de acionar motores: ela será dada por meio de satélite por um dos astronautas da estação espacial Mir.
O Hino Nacional será interpretado pela cantora Fafá de Belém. Os camarotes estarão cheios de artistas, esportistas e políticos, como o governador do Estado do Rio, Anthony Garotinho (PDT), e o prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL).
A pole de Christian Fittipaldi, seu sobrinho, foi comemorada de forma entusiástica por Emerson.
Quando houve a confirmação de que Christian largará na primeira posição, Emerson estava na torre de controle.
Ele disse ter vibrado como há muito tempo não acontecia.
"Foi uma explosão de alegria", afirmou o ex-piloto.
A pole de Christian foi considerada surpreendente pelo tio. Para Emerson, o sobrinho tem demonstrado competitividade na temporada, mas a esperança de uma primeira posição era muito remota.
"Foi uma surpresa, porque achava que o Christian não tinha chance de pegar a pole", disse.
Responsável pela recuperação de uma prova que estava em decadência no Rio, Emerson considera que uma boa participação dos brasileiros reforçará mais ainda a imagem da Indy no Brasil.
"Por esse aspecto, a pole do Christian e a possibilidade de uma vitória de um piloto brasileiro são muito boas. O Christian está pilotando de maneira muito agressiva, está muito determinado", afirmou ele. (FI e ST)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.