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Prova testa Emerson e Piquet como organizadores
e da Sucursal do Rio
Promotor da prova da Indy no
Brasil, o ex-piloto Emerson Fittipaldi espera ter hoje a confirmação
do sucesso do trabalho que iniciou
no ano passado, ao assumir, em
parceria com o também ex-piloto
Nelson Piquet, o autódromo do
Rio e a organização da corrida.
Emerson planeja fixar de modo
definitivo a prova carioca da Indy
no calendário automobilístico nacional e internacional. Sem ele, a
prova de hoje não ocorreria, segundo disse ontem o presidente da
Cart (entidade que dirige a Indy), o
norte-americano Andrew Craig.
"O risco de o Brasil perder a corrida era real. Eu precisava encontrar um parceiro correto, e havia
muito pouco tempo. Se Emerson
não tivesse aparecido, a corrida
não aconteceria", disse o dirigente.
A expectativa da organização da
prova de hoje é levar cerca de 50
mil pessoas ao autódromo, contra
as pouco mais de 20 mil que compareceram no ano passado, mesmo com distribuição gratuita de
milhares de ingressos.
"O Rio é o palco perfeito para um
evento internacional como esse. O
Rio é a imagem do Brasil", disse
Emerson.
O aumento da interação entre o
público e os pilotos é uma das
principais metas da equipe comandada por Emerson no Rio.
"Precisamos trazer o público. Os
espectadores querem ver os carros
e os pilotos de perto, sentir mais o
esporte. Essa é a diferença entre a
Indy e a F-1", afirmou o promotor
da prova.
Algumas atrações foram acertadas pela organização. Uma delas
diz a respeito à ordem de acionar
motores: ela será dada por meio de
satélite por um dos astronautas da
estação espacial Mir.
O Hino Nacional será interpretado pela cantora Fafá de Belém. Os
camarotes estarão cheios de artistas, esportistas e políticos, como o
governador do Estado do Rio, Anthony Garotinho (PDT), e o prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL).
A pole de Christian Fittipaldi,
seu sobrinho, foi comemorada de
forma entusiástica por Emerson.
Quando houve a confirmação de
que Christian largará na primeira
posição, Emerson estava na torre
de controle.
Ele disse ter vibrado como há
muito tempo não acontecia.
"Foi uma explosão de alegria",
afirmou o ex-piloto.
A pole de Christian foi considerada surpreendente pelo tio. Para
Emerson, o sobrinho tem demonstrado competitividade na temporada, mas a esperança de uma primeira posição era muito remota.
"Foi uma surpresa, porque achava que o Christian não tinha chance de pegar a pole", disse.
Responsável pela recuperação de
uma prova que estava em decadência no Rio, Emerson considera
que uma boa participação dos brasileiros reforçará mais ainda a imagem da Indy no Brasil.
"Por esse aspecto, a pole do
Christian e a possibilidade de uma
vitória de um piloto brasileiro são
muito boas. O Christian está pilotando de maneira muito agressiva,
está muito determinado", afirmou
ele.
(FI e ST)
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