LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Sérgio Zveiter, anulou a suspensão preventiva do zagueiro Scheidt, do Grêmio, que teve um resultado positivo num exame antidoping.
O exame foi realizado com a urina recolhida do jogador no dia 21 de abril, em Porto Alegre, logo após o jogo de ida contra o Flamengo, pela Copa do Brasil.
Zveiter tomou essa decisão porque o Grêmio apresentou resultados de exame realizado em Porto Alegre atestando que o jogador, sob estresse, produz naturalmente o esteróide anabólico DHEA, cujo consumo é proibido no futebol.
Por causa do resultado do exame, Scheidt havia sido suspenso preventivamente por 29 dias.
Agora ele poderá jogar até seu julgamento pela Comissão Disciplinar da CBF, no dia 25.
A sessão, que inicialmente estava marcada para o dia 18, foi adiada pelo presidente da comissão, o advogado Marco Aurélio Pachá, a pedido do Ladetec, o laboratório que fez o exame antidoping.
O Grêmio vai apresentar, na sua defesa, relatório da especialista canadense Christiane Ayotte, segundo o qual alguns organismos produzem a substância.
O médico brasileiro Eduardo de Rose, integrante da comissão médica do Comitê Olímpico Internacional e ex-médico do Grêmio, também foi arrolado como testemunha de defesa.
Outras testemunhas de Scheidt já confirmadas são o atacante flamenguista Romário, que o enfrentou naquele jogo e dias depois viajou com ele a Barcelona para o amistoso da seleção brasileira, e o técnico Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, que já trabalhou com o jogador no Grêmio.
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