São Paulo, sábado, 15 de maio de 1999

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BASQUETE
Atleta desfalca seleção na Austrália
Claudinha faz novo teste para a WNBA

LUÍS CURRO
enviado especial a Havana

A ala-armadora Cláudia das Neves, 24, a Claudinha, desfalcará a seleção brasileira de basquete, que após o Pré-Olímpico das Américas, em Havana (Cuba), viajará para a Austrália para cinco amistosos contra a seleção daquele país.
O Pré-Olímpico, que oferece três vagas para os Jogos de Sydney-2000, termina na segunda. No dia seguinte, Claudinha vai direto para os EUA, onde fará testes no Detroit Shock, time da WNBA, liga profissional norte-americana.
A seleção australiana, que jogará em casa nos próximos Jogos Olímpicos, a norte-americana e a russa chegaram à frente do Brasil no Mundial-98. A Austrália conquistou a medalha de bronze.
O técnico Antonio Carlos Barbosa acha fundamental que jogadoras que estão tentando se firmar na equipe, caso de Claudinha, ganhem experiência internacional, para terem melhor desempenho em competições de primeira linha.
Na WNBA, Claudinha também ganhará -talvez até mais- tarimba internacional. O problema é que ela ainda não tem certeza se vai disputar o terceiro campeonato da história da liga.
"Não estou achando que vou ficar, mas é uma oportunidade única", disse Claudinha. "Se conseguir, ótimo. Senão, volto para os amistosos preparatórios para o Pan-Americano (de Winnipeg, no Canadá, em julho)."
Ela contou que, depois de não ser selecionada no draft (vestibular) da liga, duas semanas atrás, já tinha desistido de jogar nos EUA.
Mas, em Havana, foi informada por seu agente, o espanhol Nicolas García, de que o Detroit tinha interesse em testá-la em amistosos. A temporada começa em junho.
˛ Exportação
Se for aprovada, Claudinha será a quarta brasileira a atuar na WNBA. Janeth defende o bicampeão Houston Comets, Alessandra está no Washington Mystics, e Leila jogou algumas partidas no mesmo Mystics no ano passado.
Claudinha, 1,70 m, que no Brasil joga pelo BCN/Osasco, teve a quarta melhor média de pontos (21,9), a segunda melhor média de assistências (5,5) e a melhor média de roubos de bola (2,9) do último Campeonato Nacional.
A ala-armadora Helen Luz, outra brasileira que estava cotada para jogar na WNBA, disse que a negociação não deu certo.
Anteontem, a seleção derrotou a Venezuela por 83 a 48 (46 a 18).
Foi a segunda vitória do Brasil no Grupo B do Pré-Olímpico de Havana, em Cuba -resultado que já classificou a seleção para as semifinais da competição.
As venezuelanas, dez centímetros mais baixas, em média, do que as brasileiras, ofereceram pouca resistência -o Brasil chegou a abrir 19 a 0 no início da partida.
Ontem à noite, a equipe jogaria com o Canadá pela primeira posição de seu grupo, para fugir da seleção cubana nas semifinais.
˛


O jornalista Luís Curro viaja a convite da Companhia Pan-Americana de Esportes



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