São Paulo, sábado, 15 de junho de 2002

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BRASIL

Técnico conclui que "equipe que faz 11 e toma 3 está bem" e minimiza buracos no setor

Gols encantam Scolari, que relega a 2º plano defesa frágil

DOS ENVIADOS A KOBE

A promessa é de Luiz Felipe Scolari: para enfrentar a Bélgica na próxima segunda-feira, pelas oitavas-de-final da Copa, fase em que uma derrota já significa eliminação, a seleção vai atacar em busca da mesma eficiência ofensiva dos três primeiros jogos da primeira fase, em que fez 11 gols.
A defesa, apesar dos buracos apresentados no início do Mundial, principalmente no jogo contra a Costa Rica, fica em segundo plano, disse o treinador ontem, em Kobe, traindo uma vez mais sua reputação de retranqueiro.
"Em princípio, uma equipe que faz 11 gols e toma três está bem. Então a gente vai continuar jogando dessa forma. No momento em que tivermos o resultado positivo, poderemos fazer uma mudança em termos defensivos até para nos resguardarmos."
A meta, segundo ele, é "primeiro fazer o resultado". ""Vocês todos no Brasil dizem que a melhor defesa é o ataque. Se fazemos gols, estamos nos expondo e somos ruins atrás. Se reforçamos a defesa, vocês tacham lá todo dia de retranqueiro. Não dá para entender o que vocês querem", reclamou.
Segundo o treinador, a seleção voltará a ser alterada, com o retorno de Roberto Carlos, que sentia fadiga muscular, e Ronaldinho e Roque Júnior, poupados por causa de cartões amarelos, que serão zerados nesta fase.
Ele não esclareceu, entretanto, se Roque volta no lugar de Edmilson ou de Anderson Polga.
Questionado sobre a utilização de Edmilson como volante, e não como zagueiro, Scolari admitiu que estuda essa possibilidade. "Ele pode ser usado à frente da zaga. Já atuou assim contra a Venezuela. É uma definição que vamos ter a partir de amanhã [hoje"."
O treinador se aborreceu com as críticas recebidas pela defesa do time após o "bombardeio" promovido pelo ataque da Costa Rica. "Acho estranho que só a zaga do Brasil seja criticada. Muitas outras equipes, com zagueiros fenomenais, já estão fora da Copa." (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)

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