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BRASIL
Técnico conclui que "equipe que faz 11 e toma 3 está bem" e minimiza buracos no setor
Gols encantam Scolari, que relega a 2º plano defesa frágil
DOS ENVIADOS A KOBE
A promessa é de Luiz Felipe
Scolari: para enfrentar a Bélgica
na próxima segunda-feira, pelas
oitavas-de-final da Copa, fase em
que uma derrota já significa eliminação, a seleção vai atacar em
busca da mesma eficiência ofensiva dos três primeiros jogos da primeira fase, em que fez 11 gols.
A defesa, apesar dos buracos
apresentados no início do Mundial, principalmente no jogo contra a Costa Rica, fica em segundo
plano, disse o treinador ontem,
em Kobe, traindo uma vez mais
sua reputação de retranqueiro.
"Em princípio, uma equipe que
faz 11 gols e toma três está bem.
Então a gente vai continuar jogando dessa forma. No momento
em que tivermos o resultado positivo, poderemos fazer uma mudança em termos defensivos até
para nos resguardarmos."
A meta, segundo ele, é "primeiro fazer o resultado". ""Vocês todos no Brasil dizem que a melhor
defesa é o ataque. Se fazemos gols,
estamos nos expondo e somos
ruins atrás. Se reforçamos a defesa, vocês tacham lá todo dia de retranqueiro. Não dá para entender
o que vocês querem", reclamou.
Segundo o treinador, a seleção
voltará a ser alterada, com o retorno de Roberto Carlos, que sentia
fadiga muscular, e Ronaldinho e
Roque Júnior, poupados por causa de cartões amarelos, que serão
zerados nesta fase.
Ele não esclareceu, entretanto,
se Roque volta no lugar de Edmilson ou de Anderson Polga.
Questionado sobre a utilização
de Edmilson como volante, e não
como zagueiro, Scolari admitiu
que estuda essa possibilidade.
"Ele pode ser usado à frente da zaga. Já atuou assim contra a Venezuela. É uma definição que vamos
ter a partir de amanhã [hoje"."
O treinador se aborreceu com as
críticas recebidas pela defesa do
time após o "bombardeio" promovido pelo ataque da Costa Rica. "Acho estranho que só a zaga
do Brasil seja criticada. Muitas
outras equipes, com zagueiros fenomenais, já estão fora da Copa."
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)
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