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OITAVAS/HOJE
Tática defensiva e disciplina dos dinamarqueses levam time a temer mata-mata
Inglaterra transfere ao rival o favoritismo e treina pênaltis
DO ENVIADO A SHIZUOKA
Quem fosse arriscar um palpite
para Dinamarca x Inglaterra levando em conta o discurso dos
dois treinadores certamente
apostaria nos escandinavos.
Morten Olsen, 52, e Sven Goran
Eriksson, 54, técnicos da Dinamarca e da Inglaterra, respectivamente, estão de acordo num ponto: enfrentar um time europeu é
mais fácil para os dinamarqueses
do que para os ingleses.
E também concordam em outro
ponto: para os brasileiros, que, se
passarem às quartas-de-final, pegam na próxima sexta o vencedor
do confronto de hoje, o melhor
seria torcer para os dinamarqueses saírem vencedores.
""A Inglaterra cresce contra rivais fortes, que saem para o jogo",
diz Eriksson, que é sueco e se tornou o primeiro estrangeiro a dirigir o time inglês. ""Não se trata de
menosprezo aos sul-americanos,
muito pelo contrário, mas contra
o Brasil temos até mais chances
do que contra a Dinamarca."
Na primeira fase, lembra que a
única vitória dos ingleses, classificados em segundo no ""grupo da
morte", foi justamente contra a
Argentina, apontada como a melhor equipe da chave. Contra Suécia e Nigéria, dois empates.
""A Dinamarca joga muito parecido com a Suécia. Fica fechada,
põe uma porção de jogadores
atrás da bola e deixa apenas um lá
na frente. É um time muito disciplinado. Não tenho vergonha de
dizer que entra como favorita."
Olsen, o técnico dinamarquês, é
da mesma opinião. ""Para nós, é
mais fácil pegar uma escola conhecida, como a britânica, do que
um time sul-americano, do qual
você pode esperar tudo. Até uma
jogada individual que coloca todo
um planejamento tático no lixo."
Ele lembra que o único tropeço
de sua equipe na primeira fase foi
contra os senegaleses e que a partida contra o Uruguai foi até mais
difícil do que a contra a França.
""Sabíamos como os franceses
viriam. Podíamos ter perdido,
mas provavelmente seria um jogo
sem grandes surpresas. E foi."
Stig Tofting, que tem reclamado
de dores em um dos joelhos, pensa como Olsen. ""Temos vários
atletas que atuam no futebol inglês. Já o brasileiro é mais imprevisível", comentou o meia, ele
próprio jogador do Bolton Wanderers, da Inglaterra.
Dizendo-se ciente das dificuldades que o time deverá ter em Niigata -a partida começa às 8h30,
horário de Brasília-, Eriksson
fez seus jogadores treinarem
exaustivamente cobranças de pênaltis nos últimos dias. ""Numa fase assim, decidir um jogo nos pênaltis é uma possibilidade que
não pode ser descartada e para a
qual temos que nos preparar."
Segundo o sueco, mesmo antes
do início da Copa ele já forçara
seus atletas a treinar pênaltis.
Mas da forma que for, se passarem para as quartas-de-final, antes mesmo do próximo jogo, os
ingleses devem receber um presente. As mulheres e as namoradas dos jogadores devem chegar
segunda ao Japão para passar
uma noite na concentração.
A exceção seria Victoria Adams,
ex-Spice Girls que é casada com
David Beckham. Grávida de seis
meses, ela deve ficar na Inglaterra.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 8h30
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