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JOSÉ ROBERTO TORERO
É chegada a hora do homem de Irará?
Caro leitor, aviso-lhe já
nesta primeira linha
(ou melhor, segunda,
ou terceira): defenderei hoje em
meu exíguo espaço uma idéia
aparentemente insana.
Antes de desnudá-la à sua
frente, porém, cabe uma explicação: estamos agora já na fase
do mata-mata desta tão nivelada Copa do Mundo. Seleções
mais fracas podem ficar uma
partida inteira se defendendo e,
na hora dos pênaltis, eliminarem equipes mais fortes e tradicionais. Nunca estivemos tão
perto de uma final do tipo Paraguai x EUA ou México x Japão.
Agora que já fiz meu preâmbulo, vai aí minha demente
proposta: a substituição de
Marcos por Dida aos 29min do
segundo tempo das futuras
prorrogações.
Não estou querendo dizer
com isso que o goleiro palmeirense esteja desagradando. Até
agora ele não foi responsável direto por nenhum dos gols que
sofremos e, tirante a reposição
de bola, tem dado conta do recado. O problema é que, na hora dos pênaltis, precisaremos de
um especialista em defesa de
pênaltis, e neste quesito Dida, o
nosso homem de Irará, é o melhor dos três goleiros.
Sei que alguns contestarão e
vão dizer que ele entrará em
campo frio. A estes, responderei:
"Dida é frio por natureza".
Ele pode ser para nós o que
Goycochea foi para os argentinos em 1990 (só que pegando o
pênalti na final, é claro). Enfim,
é chegada a hora dos peritos.
Dida já! Ou melhor, aos 29min
da prorrogação.
torero@uol.com.br
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