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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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FUTEBOL

Antes de embarcar para a Colômbia, equipe busca a sexta vitória seguida para igualar a façanha de 20 anos atrás

Santos volta a campo para fazer história

Ricardo Nogueira/Futura Press
O meia Diego brinca em treino do Santos, que não poupará titulares contra o São Caetano mesmo tendo um jogo decisivo na quarta


FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Depois de conquistarem o título do Campeonato Brasileiro de 2002, que tirou o Santos de uma fila de 18 anos sem grandes conquistas, os novos Meninos da Vila estão prestes a realizar mais duas façanhas históricas nesta semana.
Se ganharem do São Caetano, hoje, às 16h, na Vila Belmiro, terão igualado, 20 anos depois, a proeza do time de 1983, o último do Santos a conseguir uma série de seis vitórias consecutivas.
Com um empate contra o Independiente, na próxima quarta-feira, em Medellín (Colômbia), o clube voltará, após 40 anos, a uma final da Taça Libertadores da América, da qual o Santos não participa desde a conquista do bicampeonato do torneio, em 1963.
Nas duas últimas décadas, o Santos nunca venceu tantas vezes seguidas quanto no Paulista de 1983, quando superou, em sequência, XV de Piracicaba (1 a 0), América (3 a 1), Taubaté (1 a 0), Corinthians (2 a 0), Inter de Limeira (5 a 1) e Guarani (2 a 1). Mesmo assim, terminou a competição estadual daquele ano apenas na terceiro colocação.
Neste ano, desde a vitória em casa por 2 a 1 sobre o Internacional, a equipe só acumula triunfos, em jogos pela Libertadores e pelo Brasileiro -1 a 0 no Cruz Azul (México), 3 a 2 no São Paulo, 1 a 0 no Independiente Medellín (Colômbia) e 2 a 1 no Guarani.
Para alargar ainda mais a série vitoriosa e viajar para a Colômbia ao menos com a vice-liderança do Brasileiro assegurada, a ordem do técnico Leão é deixar de lado, até a tarde de hoje, a semifinal da competição internacional.
"Não pensamos ao mesmo tempo em duas partidas porque elas não são realizadas juntas", disse.
Para o treinador, acentuar antecipadamente a preocupação com a Taça Libertadores da América seria gerar um grau de ansiedade indesejável sobre os atletas.
"A voz do comando é não estressar antes da hora necessária. Não vamos pensar numa coisa que só vai acontecer depois de domingo [hoje]", disse.
A sinalização de que não se estabeleceu uma escala de prioridades para as duas competições, segundo o técnico, é a decisão de não poupar titulares na partida de hoje, apesar do caráter decisivo do confronto de quarta-feira.
Os jogadores afirmam ter absorvido a ordem do treinador e dizem que não entrarão em campo preocupados em se preservar para a semifinal da Libertadores.
"Vou jogar da mesma forma. Se alguém entrar com o pensamento de se poupar, de não dividir as bolas, vai acabar se machucando", afirmou o volante e capitão do time santista, Paulo Almeida.
A equipe escalada para enfrentar o São Caetano terá os retornos do lateral Reginaldo Araújo e do meia Fabiano. O primeiro, que não estava agradando, ganhará nova oportunidade, depois de Leão ter testado diferentes opções no setor. O segundo atuará improvisado no ataque, devido à ausência de Ricardo Oliveira, que, após mais de um mês inativo, poderá voltar ao time em Medellín.
A mobilização para enfrentar o Independiente Medellín se iniciará imediatamente após o juiz apitar o final do jogo de hoje. À noite, o grupo seguirá para Guarulhos, onde se concentrará em um hotel próximo ao aeroporto internacional. Amanhã pela manhã, embarcará para a Colômbia.


NA TV - Globo e Record, ao vivo, às 16h


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