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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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NA CONTRAMÃO

São-paulino vive lua-de-mel com a diretoria, e corintiano tem seu trabalho questionado

Em alta, Rojas pode complicar Geninho

DA REPORTAGEM LOCAL

Em seu primeiro jogo após ser efetivado como treinador do São Paulo, o chileno Roberto Rojas duelará com um ex-goleiro como ele, o corintiano Geninho.
A semelhança é só nas posições em que os dois jogavam, pois vivem situações bem diferentes nos respectivos clubes.
O são-paulino, que assumiu o cargo como interino após a demissão de Oswaldo de Oliveira, ganhou o apoio da diretoria e virou solução depois de seguidas recusas de treinadores convidados para ocupar o cargo.
"Não me sinto estreando agora. Minha estréia foi contra o Figueirense [em seu primeiro jogo como interino]. De lá para cá o trabalho tem sido o mesmo, não vai mudar por causa da efetivação", afirmou Rojas, 45.
Ele tem a promessa de que ficará até o fim do ano, além de saber que poderá retornar à função de treinador de goleiros, caso não siga como técnico.
No outro banco de reservas do Morumbi estará um técnico questionado por sua diretoria.
Geninho, 55, contratado em janeiro para substituir Carlos Alberto Parreira, hoje na seleção brasileira, enfrenta a desconfiança da cúpula corintiana. Seu trabalho começou a ser criticado após a eliminação do clube nas oitavas-de-final da Libertadores, em casa, diante do River Plate.
Desde então, as críticas são feitas tanto de maneira velada como em público. Após a derrota contra o São Caetano, no último domingo, novas reclamações deixaram evidente a falta de sintonia entre as duas partes.
O vice-presidente de futebol corintiano, Antonio Roque Citadini, criticou o desempenho do time e, em seguida, sem citar nomes, afirmou faltar ousadia aos treinadores brasileiros. Geninho classificou a segunda afirmação como uma "bobagem".
Depois, se retratou no site oficial do Corinthians dizendo que usou a palavra bobagem de maneira inadequada. Demonstrando certo constrangimento, não explicou se a retratação foi espontânea ou forçada.
"Esse assunto faz parte do passado", limitou-se a dizer. Após a derrota para o River, no entanto, ele afirmou que não admitiria processo de fritura. "Caio fora antes", ameaçou. Uma derrota hoje para o São Paulo colocaria mais lenha na fogueira. (MR E RP)


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