São Paulo, segunda-feira, 15 de junho de 2009

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Adversário da estreia é incógnita para Brasil

Praticamente todo o elenco do Egito atua em clubes de seu próprio país

Dunga faz palestra para acabar com a ignorância dos jogadores da seleção sobre o primeiro rival da equipe na Copa das Confederações

DOS ENVIADOS A BLOEMFONTEIN

Uma conversa de 30 minutos é a estratégia da seleção brasileira para conhecer seu rival na estreia na Copa das Confederações, hoje, em Bloemfontein.
Os jogadores admitiam que antes da palestra que Dunga faria sobre o Egito, ontem à noite, nada sabiam sobre o time, atual bicampeão africano.
E não é apenas pelo fato de o Brasil não enfrentar a seleção egípcia há 46 anos (antes disso, foram quatro jogos e quatro vitórias brasileiras) que esse desconhecimento geral existe.
O Egito não tem o perfil de grande parte das seleções africanas. O grosso de seus jogadores não migrou para a Europa, casos de potências regionais como Camarões, Nigéria, Gana e Costa do Marfim.
Dos 23 convocados para a Copa das Confederações, 20 atuam em clubes locais, incluindo o atacante Aboutrika, 31, que foi eleito o segundo melhor jogador africano do ano passado e passou toda a sua carreira em times egípcios.
Isso faz com que os brasileiros, mesmo os que atuam na Europa, não tenham a oportunidade de enfrentar os rivais de hoje em competições de clubes.
Outro fator que impede um maior conhecimento sobre o Egito é que o país árabe é um sucesso continental, mas um fracasso em termos de Mundiais, uma vitrine muito maior.
Nenhuma seleção ganhou tantas vezes a Copa da África como o Egito -foram seis taças, as últimas duas em 2006 e 2008. Mas desde 1990 o time não joga uma Copa. E suas chances de ir ao Mundial de 2010 começam a ficar pequenas (é o lanterna do seu grupo depois de duas rodadas das eliminatórias africanas).
Com a missão de acabar com a ignorância de seus jogadores sobre o rival da estreia na Copa das Confederações, Dunga fez uma análise que é quase padrão sobre todos os adversários da sua seleção brasileira.
"Eles marcam forte, têm um bom contra-ataque e jogadores habilidosos", falou o treinador.
Os rivais dos brasileiros se dizem honrados de enfrentarem um time que é o "segundo no coração de todos os egípcios", mas dizem que não podem temer o time de Dunga. "O Egito não pode mostrar medo do Brasil na estreia, porque se no primeiro jogo mostrarmos isso, teremos o mesmo medo contra os outros oponentes", falou o técnico Hassan Shehata.
Depois do confronto contra o Egito que abre o Grupo B, o Brasil volta a campo na quinta-feira, quando enfrenta, às 11h, os EUA, em Pretória. (EDUARDO ARRUDA E PAULO COBOS)


NA TV - Brasil x Egito
Globo, Band e Sportv, ao vivo, às 11h




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