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Adversário da estreia é incógnita para Brasil
Praticamente todo o elenco do Egito atua em clubes de seu próprio país
Dunga faz palestra para acabar com a ignorância dos jogadores da seleção sobre o primeiro rival da equipe na Copa das Confederações
DOS ENVIADOS A BLOEMFONTEIN
Uma conversa de 30 minutos
é a estratégia da seleção brasileira para conhecer seu rival na
estreia na Copa das Confederações, hoje, em Bloemfontein.
Os jogadores admitiam que
antes da palestra que Dunga faria sobre o Egito, ontem à noite,
nada sabiam sobre o time, atual
bicampeão africano.
E não é apenas pelo fato de o
Brasil não enfrentar a seleção
egípcia há 46 anos (antes disso,
foram quatro jogos e quatro vitórias brasileiras) que esse desconhecimento geral existe.
O Egito não tem o perfil de
grande parte das seleções africanas. O grosso de seus jogadores não migrou para a Europa,
casos de potências regionais
como Camarões, Nigéria, Gana
e Costa do Marfim.
Dos 23 convocados para a
Copa das Confederações, 20
atuam em clubes locais, incluindo o atacante Aboutrika,
31, que foi eleito o segundo melhor jogador africano do ano
passado e passou toda a sua carreira em times egípcios.
Isso faz com que os brasileiros, mesmo os que atuam na
Europa, não tenham a oportunidade de enfrentar os rivais de
hoje em competições de clubes.
Outro fator que impede um
maior conhecimento sobre o
Egito é que o país árabe é um
sucesso continental, mas um
fracasso em termos de Mundiais, uma vitrine muito maior.
Nenhuma seleção ganhou
tantas vezes a Copa da África
como o Egito -foram seis taças, as últimas duas em 2006 e
2008. Mas desde 1990 o time
não joga uma Copa. E suas
chances de ir ao Mundial de
2010 começam a ficar pequenas (é o lanterna do seu grupo
depois de duas rodadas das eliminatórias africanas).
Com a missão de acabar com
a ignorância de seus jogadores
sobre o rival da estreia na Copa
das Confederações, Dunga fez
uma análise que é quase padrão
sobre todos os adversários da
sua seleção brasileira.
"Eles marcam forte, têm um
bom contra-ataque e jogadores
habilidosos", falou o treinador.
Os rivais dos brasileiros se dizem honrados de enfrentarem
um time que é o "segundo no
coração de todos os egípcios",
mas dizem que não podem temer o time de Dunga. "O Egito
não pode mostrar medo do Brasil na estreia, porque se no primeiro jogo mostrarmos isso,
teremos o mesmo medo contra
os outros oponentes", falou o
técnico Hassan Shehata.
Depois do confronto contra o
Egito que abre o Grupo B, o
Brasil volta a campo na quinta-feira, quando enfrenta, às 11h,
os EUA, em Pretória.
(EDUARDO ARRUDA E PAULO COBOS)
NA TV - Brasil x Egito
Globo, Band e Sportv,
ao vivo, às 11h
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