São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2004

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ADMINISTRAÇÃO

Em relatório, tribunal requisita planilha de gastos com Jogos

TCU ataca desorganização de Pan

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sob a alegação de que o orçamento das obras do Pan-2007 está desorganizado e apresenta contradições, o Tribunal de Contas da União requisitou que seja encaminhado nos próximos dias uma planilha detalhando quais são as obrigações do governo, do Estado e da prefeitura local.
O Ministério do Esporte justifica que tais informações vão ser encaminhadas hoje ao tribunal.
Trata-se da primeira iniciativa prática do pacote de ações que o tribunal prepara para fiscalizar o projeto Rumo ao Pan-2007, do Ministério do Esporte, que destina verbas à competição. Um dos próximos passos será o acompanhamento da evolução das obras por meio de diligências no Rio.
Segundo estimativa da pasta do Esporte, até 2007 a União injetará cerca de R$ 120 milhões no Pan -sua contribuição representaria 17% do custo total. Pelo mesmo cálculo, o município arcaria 57% dos custos; o Estado, com 4% e o comitê organizador, com 22%.
O ministro-relator Marcos Vilaça do TCU aponta em relatório que a construção do estádio olímpico foi contemplada na previsão orçamentária de 2004, mas que sua verba não foi requisitada até agora. Além disso, nota que o sistema viário Transpan também deve ser feito com parceria entre União e município, mas que o governo federal não recebeu informações sobre seu planejamento.
Vilaça afirmou que ""está preocupado quanto à capacidade que o país terá de terminar as obras a contento e no prazo estipulado".
No caso do estádio olímpico, o ministério informou o TCU de que o fato de a verba constar no orçamento da União é resultado de "impropriedade na alocação de recursos". A pasta diz que a construção do estádio é de responsabilidade da cidade do Rio.
Mas para o TCU o erro foi produto do ministério e não do Congresso, pois a informação teria sido encaminhada pelo Executivo, provavelmente embasado em informações dadas pelo ministério.
Por fim, preocupado que a desorganização dificulte a fiscalização, o TCU emitiu comunicado ao Comitê Olímpico Brasileiro, à Prefeitura do Rio e ao Ministério do Esporte para que informem sobre quaisquer movimentações orçamentárias ou financeiras com recursos da União. Segundo o texto de Vilaça, embora tal dinheiro não tenha sido usado, persiste a possibilidade de que tal verba seja utilizada, uma vez que consta na previsão orçamentária.


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