São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2005

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MEMÓRIA

Boicote de Guga ditou rumos do país na Davis

DA ENVIADA A JOINVILLE

Foram quase dois anos sem representar o Brasil na Copa Davis. Mas o principal motivo que afastou Gustavo Kuerten da competição não teve relação com as quadras. Foi de cunho político.
Em março de 2004, insatisfeito com a administração da Confederação Brasileira de Tênis, Guga iniciou um boicote à Davis que durou até a queda do então presidente Nelson Nastás, acusado de irregularidades, entre elas apropriação indébita.
Para peitar a CBT, teve o apoio dos principais tenistas do país, que também se recusavam a jogar o torneio. Flávio Saretta, André Sá e Ricardo Mello deram respaldo a Guga. Depois foi a vez de Jaime Oncins, então capitão do time, entregar seu cargo.
Nastás assumiu a presidência da CBT em 94. A ofensiva para tirá-lo do poder começou em 2003. Jorge Lacerda Rosa, então presidente da federação catarinense, denunciou irregularidades na Justiça. A estratégia era afastar o presidente, pedindo intervenção na confederação e nova eleição.
Em dezembro, o pleito colocou na presidência Rosa, ex-sócio da mãe de Guga em um posto de gasolina e líder de um movimento para colocar a "família Gustavo Kuerten" à frente da CBT.
Mas a volta dos tenistas à Davis ficou ameaçada, já que liminar obtida pela federação do Piauí pôs como interventor na CBT um antigo colaborador de Nastás. Rosa cassou a liminar e, após Larri Passos, ex-técnico de Guga, declinar do convite para ser capitão do time, chamou Fernando Meligeni. (TC)


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