São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2009

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belo horizonte, 21h50

Cruzeiro desafia escrita pela América

Desde o ano 2000, clubes brasileiros sempre perderam ao duelar com times de outros países na final da Libertadores

Equipe mineira testa contra o argentino Estudiantes seu aproveitamento de 100% no Mineirão nesta edição da competição, com 6 vitórias

Rodrigo Clemente/"O Tempo"
O lateral Jonathan escapa de um carrinho de Kléber no último treinamento do Cruzeiro antes da decisão da Taça Libertadores da América, hoje, contra o Estudiantes

SANDRO MACEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Decidir a Taça Libertadores em casa nem sempre tem sido uma vantagem para equipes brasileiras nos duelos contra os clubes de outros países.
Se conquistar a Libertadores hoje, diante do argentino Estudiantes, no Mineirão, o Cruzeiro alcançará um feito que nenhum outro brasileiro conseguiu nos anos 2000: levantar o troféu, em seus domínios, diante de um rival de outro país.
Os únicos triunfos do país no período foram em 2005 e 2006, mas obtidos em decisões caseiras -o São Paulo derrotou o Atlético-PR no Morumbi e, no ano seguinte, caiu ante o Internacional no Beira-Rio.
O último campeão no confronto contra uma equipe latina foi o Palmeiras, em 1999. Mesmo assim, precisou dos pênaltis para passar pelo Deportivo Cali, da Colômbia. De lá para cá, foram cinco finais. Em todas, os brasileiros decidiram em casa -e naufragaram.
Foi o próprio Palmeiras que começou a série de insucessos, quando, novamente nos pênaltis, deixou o bicampeonato escapar no Morumbi, diante do Boca Juniors -a grande asa- -negra dos times nacionais.
Naquele ano, o clube paulista chegou à decisão na mesma condição do Cruzeiro, ou seja, empatou o confronto fora e dependia de uma vitória simples em casa. O título ficou nas mãos do goleiro argentino Córdoba, que pegou as cobranças de Asprilla e Roque Júnior.
Dois anos depois, o Brasil teve sua melhor chance da década contra um adversário continental. O São Caetano chegou à decisão no Pacaembu, diante do Olímpia, com a vantagem do empate. No jogo de ida, havia vencido os paraguaios por 1 a 0. A derrota por 2 a 1 na volta levou a final novamente para os pênaltis, e os brasileiros ficaram com mais um vice.
Nas finais de 2003 e 2007, Santos e Grêmio caíram em duelos com o Boca Juniors. Nas duas ocasiões, os argentinos abriram vantagem na temida Bombonera e, depois, ainda triunfaram nos jogos de volta, em solo brasileiro.
No ano passado, foi a vez do Fluminense. O time já tinha mostrado seu poder de recuperação no Maracanã, onde passara pelo São Paulo nas quartas de final e pelo campeão Boca Juniors na semifinal.
Na decisão, após ser derrotado pela LDU (4 a 2) no Equador, o tricolor carioca precisava de uma vitória por dois gols para levar a decisão ao tempo extra. Venceu por 3 a 1. Após um 0 a 0 na prorrogação, os pênaltis foram mais uma vez o calcanhar de aquiles dos brasileiros.
Para que o Cruzeiro vença o torneio continental, precisa apenas de uma vitória simples - em La Plata, segurou o 0 a 0. Empate por qualquer placar leva à prorrogação, pois o gol fora de casa não tem valor diferenciado, como em fases anteriores. Nova igualdade e os pênaltis decidirão o novo campeão.


NA TV - Cruzeiro x Estudiantes
Globo (menos SP e RJ) e Sportv, ao vivo, às 21h50


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