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belo horizonte, 21h50
Cruzeiro desafia escrita pela América
Desde o ano 2000, clubes brasileiros sempre perderam ao duelar com times de outros países na final da Libertadores
Equipe mineira testa contra o argentino Estudiantes seu aproveitamento de 100% no Mineirão nesta edição da competição, com 6 vitórias
Rodrigo Clemente/"O Tempo"
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O lateral Jonathan escapa de um carrinho de Kléber no último treinamento do Cruzeiro antes da decisão da Taça Libertadores da América, hoje, contra o Estudiantes
SANDRO MACEDO
DA REPORTAGEM LOCAL
Decidir a Taça Libertadores
em casa nem sempre tem sido
uma vantagem para equipes
brasileiras nos duelos contra os
clubes de outros países.
Se conquistar a Libertadores
hoje, diante do argentino Estudiantes, no Mineirão, o Cruzeiro alcançará um feito que nenhum outro brasileiro conseguiu nos anos 2000: levantar o
troféu, em seus domínios, diante de um rival de outro país.
Os únicos triunfos do país no
período foram em 2005 e 2006,
mas obtidos em decisões caseiras -o São Paulo derrotou o
Atlético-PR no Morumbi e, no
ano seguinte, caiu ante o Internacional no Beira-Rio.
O último campeão no confronto contra uma equipe latina foi o Palmeiras, em 1999.
Mesmo assim, precisou dos pênaltis para passar pelo Deportivo Cali, da Colômbia. De lá para
cá, foram cinco finais. Em todas, os brasileiros decidiram
em casa -e naufragaram.
Foi o próprio Palmeiras que
começou a série de insucessos,
quando, novamente nos pênaltis, deixou o bicampeonato escapar no Morumbi, diante do
Boca Juniors -a grande asa-
-negra dos times nacionais.
Naquele ano, o clube paulista
chegou à decisão na mesma
condição do Cruzeiro, ou seja,
empatou o confronto fora e dependia de uma vitória simples
em casa. O título ficou nas
mãos do goleiro argentino Córdoba, que pegou as cobranças
de Asprilla e Roque Júnior.
Dois anos depois, o Brasil teve sua melhor chance da década contra um adversário continental. O São Caetano chegou à
decisão no Pacaembu, diante
do Olímpia, com a vantagem do
empate. No jogo de ida, havia
vencido os paraguaios por 1 a 0.
A derrota por 2 a 1 na volta levou a final novamente para os
pênaltis, e os brasileiros ficaram com mais um vice.
Nas finais de 2003 e 2007,
Santos e Grêmio caíram em
duelos com o Boca Juniors. Nas
duas ocasiões, os argentinos
abriram vantagem na temida
Bombonera e, depois, ainda
triunfaram nos jogos de volta,
em solo brasileiro.
No ano passado, foi a vez do
Fluminense. O time já tinha
mostrado seu poder de recuperação no Maracanã, onde passara pelo São Paulo nas quartas
de final e pelo campeão Boca
Juniors na semifinal.
Na decisão, após ser derrotado pela LDU (4 a 2) no Equador, o tricolor carioca precisava
de uma vitória por dois gols para levar a decisão ao tempo extra. Venceu por 3 a 1. Após um 0
a 0 na prorrogação, os pênaltis
foram mais uma vez o calcanhar de aquiles dos brasileiros.
Para que o Cruzeiro vença o
torneio continental, precisa
apenas de uma vitória simples
- em La Plata, segurou o 0 a 0.
Empate por qualquer placar leva à prorrogação, pois o gol fora
de casa não tem valor diferenciado, como em fases anteriores. Nova igualdade e os pênaltis decidirão o novo campeão.
NA TV - Cruzeiro x Estudiantes
Globo (menos SP e RJ) e Sportv,
ao vivo, às 21h50
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