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Brasil amarga retrospecto ruim contra argentinos
PAULO PEIXOTO
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
Em 11 decisões de Libertadores entre brasileiros e argentinos, os vizinhos levaram a melhor em oito. Esse retrospecto
ruim será reduzido caso o Cruzeiro supere, hoje, o Estudiantes na final da Libertadores.
Se forem incluídos na conta
todos os confrontos entre brasileiros e argentinos em finais
de torneios continentais (Supercopa, Mercosul, Conmebol
e Sul-Americana), a vantagem
argentina permanece. De 23
decisões, em 15 os argentinos
levantaram a taça.
Dos oito títulos brasileiros
nesses embates, três foram
conquistados pelo Cruzeiro.
Apenas em disputas contra argentinos, o time mineiro perdeu um título e ganhou outro.
O Estudiantes ganhou uma
de suas três Libertadores contra o Palmeiras, em 1968.
Para os cruzeirenses, a expectativa de levar o clube ao
terceiro título, igualando o São
Paulo, a quem bateu nas quartas de final, é mais um estímulo.
O atacante Wellington Paulista declarou que a eventual
conquista do terceiro título
servirá para eternizar os jogadores na história do clube.
"[Se igualar ao São Paulo]
não será bom só para o Cruzeiro. Vai ser bom para os jogadores, para a comissão técnica e
para os dirigentes. A gente tem
que marcar o nosso nome."
O fato de atuar em casa é festejado pelos cruzeirenses. "O
jogo é na nossa casa e temos tudo para vencer, mas temos que
trabalhar a ansiedade e pensar
na importância que isso tem
para a carreira de cada um de
nós", disse o atacante Kléber.
Quanto ao retrospecto negativo de times brasileiros em finais contra rivais argentinos, o
lateral-esquerdo Sorín, o único
do elenco que ostenta um título
de Libertadores no currículo
(campeão pelo River Plate, em
1996), afirmou que seus compatriotas têm uma dedicação
extra em partidas decisivas,
que precisa ser neutralizada.
"Todo mundo sabe como
nós, argentinos, suamos a camisa e como a gente se entrega.
Temos uma raça natural. Mas,
falando do Cruzeiro, sempre
que saímos de casa na competição fomos bem, o que também
não vinha acontecendo com times brasileiros nos últimos
anos", afirmou Sorín, que está
recuperado de contusão e deverá ficar no banco de reservas.
O time que entra em campo
hoje é o mesmo que iniciou a
primeira partida contra o Estudiantes, na semana passada,
quando o goleiro Fábio fez várias defesas difíceis e deixou o
campo como o herói cruzeirense no empate sem gols.
Será somente a segunda vez
no ano que o Cruzeiro inicia
um jogo com essa formação.
Em 13 jogos nesta Libertadores, o clube azul, comandado
por Adilson Batista, não repetiu o time nenhuma vez.
A partida de hoje à noite marca a despedida do meia Ramires, negociado com o português
Benfica há mais de um mês.
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