São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2009

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Brasil amarga retrospecto ruim contra argentinos

PAULO PEIXOTO
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Em 11 decisões de Libertadores entre brasileiros e argentinos, os vizinhos levaram a melhor em oito. Esse retrospecto ruim será reduzido caso o Cruzeiro supere, hoje, o Estudiantes na final da Libertadores.
Se forem incluídos na conta todos os confrontos entre brasileiros e argentinos em finais de torneios continentais (Supercopa, Mercosul, Conmebol e Sul-Americana), a vantagem argentina permanece. De 23 decisões, em 15 os argentinos levantaram a taça.
Dos oito títulos brasileiros nesses embates, três foram conquistados pelo Cruzeiro. Apenas em disputas contra argentinos, o time mineiro perdeu um título e ganhou outro.
O Estudiantes ganhou uma de suas três Libertadores contra o Palmeiras, em 1968.
Para os cruzeirenses, a expectativa de levar o clube ao terceiro título, igualando o São Paulo, a quem bateu nas quartas de final, é mais um estímulo.
O atacante Wellington Paulista declarou que a eventual conquista do terceiro título servirá para eternizar os jogadores na história do clube.
"[Se igualar ao São Paulo] não será bom só para o Cruzeiro. Vai ser bom para os jogadores, para a comissão técnica e para os dirigentes. A gente tem que marcar o nosso nome."
O fato de atuar em casa é festejado pelos cruzeirenses. "O jogo é na nossa casa e temos tudo para vencer, mas temos que trabalhar a ansiedade e pensar na importância que isso tem para a carreira de cada um de nós", disse o atacante Kléber.
Quanto ao retrospecto negativo de times brasileiros em finais contra rivais argentinos, o lateral-esquerdo Sorín, o único do elenco que ostenta um título de Libertadores no currículo (campeão pelo River Plate, em 1996), afirmou que seus compatriotas têm uma dedicação extra em partidas decisivas, que precisa ser neutralizada.
"Todo mundo sabe como nós, argentinos, suamos a camisa e como a gente se entrega. Temos uma raça natural. Mas, falando do Cruzeiro, sempre que saímos de casa na competição fomos bem, o que também não vinha acontecendo com times brasileiros nos últimos anos", afirmou Sorín, que está recuperado de contusão e deverá ficar no banco de reservas.
O time que entra em campo hoje é o mesmo que iniciou a primeira partida contra o Estudiantes, na semana passada, quando o goleiro Fábio fez várias defesas difíceis e deixou o campo como o herói cruzeirense no empate sem gols.
Será somente a segunda vez no ano que o Cruzeiro inicia um jogo com essa formação. Em 13 jogos nesta Libertadores, o clube azul, comandado por Adilson Batista, não repetiu o time nenhuma vez.
A partida de hoje à noite marca a despedida do meia Ramires, negociado com o português Benfica há mais de um mês.


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