RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

Andy Roddick, Juan Carlos Ferrero, Roger Federer, Andre Agassi, Guillermo Coria e, agora, Rainer Schuettler já estão garantidos na Masters Cup.
Com apenas duas vagas em jogo, Carlos Moyá, David Nalbandian e Mark Philippoussis lideram a luta para ir até Houston.
Eles são a "meia dúzia" que ainda têm alguma aspiração para este resto de temporada, estas três semanas de torneios.
E o "resto"?
O resto já começa a ocupar a cabeça com outros planos, a maioria deles pensando em 2004.
Lá fora, até Pete Sampras se movimenta. Ele anunciou há uma semana que vai voltar ao tênis. No caso, à revista "Tennis", a mais prestigiosa publicação sobre o esporte nos Estados Unidos.
Sampras despejou alguns punhados de dólares, virou investidor da revista, vai ajudar no marketing e, de quebra, escrever artigos, a maioria com instruções sobre como jogar tênis melhor.
Ainda lá fora, Martina Navratilova tomou gosto pela coisa. O convite para fazer parte da equipe norte-americana na Fed Cup virou um presente para ela, que completa nada menos que 47 anos neste sábado.
A amigos mais próximos, revelou que, cheia de gás, vai continuar jogando no ano que vem.
Por aqui, o movimento é semelhante. Apesar de os tenistas ainda cumprirem o calendário de 2003, é em direção a 2004 que todas as atenções estão voltadas.
O melhor exemplo é Ricardo Mello, hoje o terceiro melhor tenista do país, atrás apenas de Gustavo Kuerten e Flávio Saretta.
Vice-campeão no domingo em Quito, em torneio da série challenger, Mello corre para fechar o ano entre os cem primeiros do ranking mundial -é hoje o 131- e começar 2004 já na chave principal do Aberto da Austrália.
Mello está em Tiburon, nos EUA. Depois, joga em Torrance e Waco, também nos EUA. Termina o ano em Puebla, no México.
Mello tem poucos pontos a defender ainda neste ano e pode, com bons resultados em pelo menos dois desses torneios, superar aquela barreira que separa os challengers dos ATP Tours.
Quem também está em Tiburon ansioso por ver 2003 terminar e 2004 chegar logo é André Sá.
Depois de despencar para a posição número 215 do ranking, não sobra ao mineiro muita opção neste ano. Como sua fase irregular começou há mais de um ano, resta a ele galgar nestes últimos eventos em 2003 algumas posições para conseguir, ao menos, entrar direto nos challengers mais conceituados no início de 2004.
Entre as meninas, Maria Fernanda Alves chegou nesta semana à 208ª posição no ranking. Apesar de pouco significar tecnicamente, não deixa de ser simbólico termos, enfim, uma brasileira entre as 200 melhores do mundo. Nanda Alves pode, enfim, superar a barreira, quem sabe em 2004.
E tem também o ex-tenista e técnico Carlos Alberto Kirmayr, que assumiu o departamento técnico da CBT e está, em 2003, conhecendo a estrutura da CBT para, em 2004, executar um plano que tire a entidade do marasmo.
A todos eles, um feliz 2004.

Acertamos
A Copa Gerdau, realizada há 20 anos em Porto Alegre, passa a ser torneio infanto-juvenil de primeiro nível, segundo anúncio feito pela Federação Internacional de Tênis. Mais do que merecido.

Apostamos
Thomas Belucci e Roxane Vaisemberg (16 anos), Rafael Garcia e Paola Costa (14), Gabriel Dias e Verena Costa (12) venceram a última etapa do Circuito Banco do Brasil, em Joinville. Falta o Masters, que reúne os melhores das quatro etapas em Brasília, em novembro.

Erramos
A coluna errou em 27 de agosto ao citar derrota de Pete Sampras em Long Island. Essa derrota, para Vincent Spadea, foi em Indianápolis.

E-mail reandaku@uol.com.br

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