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VÔLEI
Equipe de Suzano conquista sétimo título da década alheio à disputa judicial deflagrada nas finais
Report bate Banespa e tapetão no tri
da Reportagem Local
O Report-Nipomed superou o
Banespa e uma pendenga judicial
para conquistar o tricampeonato
do Paulista masculino de vôlei.
A equipe de Suzano derrotou o
adversário por 3 sets a 1 (25/23,
25/29, 27/29, 25/15), anteontem à
noite, em São Caetano do Sul. Fechou, assim, a série final em 3 a 2.
Não bastasse arrebatar seu sétimo título estadual da década
-tem outros três títulos nacionais-, o Report livrou o torneio e
a FPV (Federação Paulista de Vôlei) de mais um constrangimento.
Minutos antes da partida, Renato Pera, presidente da entidade,
afirmava que, se o Banespa fosse
campeão, troféu e medalhas não
seriam entregues ao grupo.
A promessa -ou bravata- era
decorrente da disputa judicial entre clube e federação deflagrada
no início da última semana.
Na segunda-feira, a FPV suspendera os atacantes Axé e Braz,
do Banespa, o técnico Ricardo
Navajas, o assistente João Conceição e o atacante Maurício Pagnota, do Report, por duas partidas.
Os cinco eram apontados como
pivôs do tumulto generalizado no
terceiro duelo, em Suzano, quando houve ameaças de agressões
entre as equipes e invasão de quadra por três torcedores. O ato administrativo da FPV previa, também, a interdição do ginásio do
Report -que teria o mando por
conta da melhor campanha, numa eventual quinta partida.
Na terça-feira, o Banespa obteve
na Justiça comum uma liminar
assegurando-lhe a escalação de
Braz e Axé -os punidos do Report não puderam assistir, em
quadra, naquela noite, a derrota
de seu time por 3 sets a 2.
Quando a FPV recorreu da liminar, sexta-feira, o juiz da 29ª Vara
Cível não só indeferiu o pedido,
como estendeu sua ação aos
membros do Report. Resultado:
em São Caetano do Sul, o campo
""neutro" determinado pela FPV,
os cinco outrora punidos puderam defender seus clubes.
Em quadra, a superioridade do
Report se caracterizou desde o
início. Sem o levantador Talmo,
que tinha até dificuldades para
andar, por causa de dores nas costas, Navajas escalou Rodriguinho,
19, 1,84 m. O novato acabou sendo
um dos destaques da final -ao
lado de Lilico.
Dois aspectos foram determinantes: em quatro sets, o Report
acumulou 19 pontos de bloqueio,
contra 5 do Banespa. O segundo
fator foram os erros: o Banespa
cedeu 26 pontos dessa forma, ""recebendo" apenas 15.
""Nós temos um grupo modesto
(pela primeira vez o Report não
tem nenhum jogador de seleção),
que assimilou minha filosofia de
trabalho", comentava Ricardo
Navajas, técnico do Report.
"Minha equipe se comportou
dentro do previsto. O Banespa é
que jogou muito mal", afirmou.
A opinião de Navajas é compartilhada pelo técnico adversário na
final, Mauro Grasso.
"O fato de ter entrado na Justiça
não tem nada a ver. Se mexeu, foi
para os dois lados. O que faltou no
jogo foi tranquilidade. Quase não
consegui dar instruções técnicas e
táticas, gastava o tempo tentando
acalmar o grupo", disse.
(JAD)
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