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CORTADA
O vôlei no tapetão
CIDA SANTOS
O técnico Ricardo Navajas
comprovou que é mesmo o colecionador de títulos destes anos
90. Pela sétima vez, o Report/Suzano foi campeão paulista.
Na decisão mais disputada
dos últimos tempos, o Suzano
derrotou o Banespa em uma batalha de cinco jogos que extrapolou os limites da quadra.
O vôlei chegou ao tapetão por
uma sucessão de erros de todos
os lados. Segunda-feira, a federação paulista suspendeu Braz e
Axé, do Banespa, e Maurício, o
técnico Navajas e o assistente
João Conceição, do Suzano, por
duas partidas. Eles foram responsabilizados pela confusão no
terceiro jogo das finais.
Alegando que a federação
paulista não tem tribunal para
julgar a questão e em busca do
direito de defesa, o Banespa entrou na Justiça comum e conseguiu liminar para seus dois atletas jogarem na terça-feira.
A atitude do Banespa levanta
uma questão: está na hora de os
clubes começarem a questionar
o regulamento.
A punição foi baseada em ato
administrativo da presidência
previsto no regulamento. O Banespa tem razão: é injusta a
aplicação de uma medida que
não prevê defesa. Por outro lado,
antes do início do torneio, as
normas não foram questionadas. E mudar as regras no meio
do jogo também é estranho.
Nesse nó de erros e acertos,
sexta-feira a liminar foi estendida ao Report para o quinto e decisivo jogo.
Resultado: as punições aplicadas pela federação paulista foram suspensas. Só foi mantida a
perda de mando de campo do
Suzano. Moral da história: todo
mundo saiu perdendo.
O vôlei caiu no tapetão, e a federação perdeu o comando do
campeonato. O certo é que clubes e dirigentes precisam rever o
regulamento do torneio.
Já na quadra, o jogo de anteontem revelou dois novos talentos: o levantador Rodriguinho, do Suzano, e o atacante
Murilo, do Banespa, que deram
um verdadeiro show de bola.
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