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São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2003

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VÔLEI

Seleção de Bernardinho, que nunca ficou fora do pódio e mantém base há quase três anos, busca vaga olímpica no Japão

Brasil põe regularidade à prova na Copa

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina terá, pela primeira vez, a obrigação de cumprir uma sina que a acompanha desde que Bernardinho assumiu como treinador: subir ao pódio.
A partir de amanhã, na Copa do Mundo do Japão, a equipe busca sua vaga em Atenas-2004.
Para consegui-la, precisa terminar entre as três primeiras, fato que repetiu em todas as competições disputadas desde 2001. Até agora, o time soma oito títulos, dois vices e um terceiro lugar, o fiasco nos Jogos Pan-Americanos.
A estréia é contra a Coréia do Sul, às 7h de amanhã. "Temos consciência de que vamos entrar como favoritos. Isso vem acontecendo nos últimos anos. Aprendemos a conviver com essa situação", declarou o ponta Nalbert.
A seleção tentará confirmar essa superioridade diante de rivais instáveis. Sérvia e Montenegro, atual campeã olímpica, chega à Copa como convidada após dar vexame no Europeu -ficou em quarto.
Os franceses, vice-campeões continentais, tiveram participação pífia na Liga Mundial-2003 e terminaram na décima posição.
A Rússia, terceira melhor de seu continente, nem foi ao Japão.
Das seleções favoritas às três vagas olímpicas em jogo na Copa, a única em ascensão é a Itália -além da derrota para a Venezuela no Pan, o time de Bernardinho só perdeu duas vezes neste ano, exatamente para o rival.
Atuais campeões da Europa, os italianos estiveram no centro da polêmica que envolveu a preparação brasileira para a Copa.
Bernardinho queria treinar desde 13 de outubro e comprou briga com os times italianos, que não aceitaram liberar seus atletas.
O treinador esperneou, mas as equipes cumpriram a regra da federação internacional -liberar os jogadores apenas 15 dias antes dos torneios-, e o Brasil só pôde treinar completo a partir do dia 2.
Para o técnico da Itália, Gianpaolo Montali, a reclamação do brasileiro não fazia sentido. "Também temos jogadores no Italiano. Vamos atuar com o mesmo estresse e dificuldade", disse.
"Assustar, [o Brasil] não assusta, mas individualmente é superior", completou o técnico.
E é exatamente nessa superioridade no papel que os brasileiros apostam para superar a maratona de 11 jogos em 15 dias -o torneio é por pontos corridos. "A equipe que contar com um elenco mais completo vai levar vantagem", disse Nalbert, do Macerata (ITA).
O Brasil mantém a mesma base desde 2001. Bernardinho costuma se gabar de possuir "12 titulares".


NA TV - Brasil x Coréia do Sul, na Sportv, ao vivo, às 7h


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