São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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Davenport pára e aumenta crise do tênis dos EUA

Ex-número um do mundo anuncia nascimento de seu primeiro filho para maio e diz que não se vê jogando mais

País, que pela primeira vez desde 1975 fecha o ano sem representantes no top ten, perde sua tenista mais bem colocada e não vê reposição

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

A americana Lindsay Davenport adora crianças. Conta com orgulho ser tia de 11. Por isso era natural sua vontade de ser mãe e a expectativa por sua gravidez, ainda mais após seu casamento com o banqueiro Jon Leach, em abril de 2003.
Ontem, a tenista americana anunciou que espera seu primeiro filho para maio e que não deve mais voltar a jogar.
"Sinto que a segunda parte de minha vida está começando. Tenho sorte de que tudo esteja indo bem. O momento não poderia ser melhor", disse ela.
As circunstâncias, porém, são péssimas para os EUA.
O país vai fechar a temporada sem nenhuma representante entre as top ten. É a primeira vez que isso ocorre desde a criação da lista da WTA, em 1975.
Principal aposta para mudar essa a situação em 2007, Davenport não fez sua despedida oficial, mas deixou claro que está deixando as quadras.
"Odeio a palavra aposentadoria, mas esta temporada foi muito dura fisicamente e não me vejo jogando de novo", disse ela, que sofreu com uma contusão nas costas e terminou apenas no 25º posto no ranking.
Davenport, 30, foi uma das maiores tenistas não apenas dos EUA, mas da história.
Além de três Grand Slams, ela venceu também o torneio olímpico em Atlanta-96. Com 51 títulos no currículo, ocupa a nona posição entre as maiores vencedoras. Também encerrou a temporada no topo do ranking em quatro oportunidades (1998, 2001, 2004 e 2005).
"Ainda não posso dizer que estou triste em deixar o tênis. Minha vida é com meu marido e meu futuro filho", afirmou.
Nesta temporada, os EUA já haviam perdido outra tenista lendária. Martina Navratilova, que soma 167 títulos de simples e estava disputando torneios de duplas, anunciou que pendurou as raquetes definitivamente após o Aberto dos EUA.
Com 1,89 m, Davenport foi uma das pioneiras do tênis-força entre as mulheres. Suas seguidoras, Venus e Serena Williams, poderiam ser a esperança para os EUA se reabilitarem. Mas as irmãs sofrem com lesões e estão mais focadas em atividades extraquadra (curso de interpretação, festas etc.)


Com agências internacionais


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