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Davenport pára e aumenta crise do tênis dos EUA
Ex-número um do mundo anuncia nascimento de seu primeiro filho para maio e diz que não se vê jogando mais
País, que pela primeira vez
desde 1975 fecha o ano sem
representantes no top ten,
perde sua tenista mais bem
colocada e não vê reposição
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
A americana Lindsay Davenport adora crianças. Conta com
orgulho ser tia de 11. Por isso
era natural sua vontade de ser
mãe e a expectativa por sua gravidez, ainda mais após seu casamento com o banqueiro Jon
Leach, em abril de 2003.
Ontem, a tenista americana
anunciou que espera seu primeiro filho para maio e que não
deve mais voltar a jogar.
"Sinto que a segunda parte de
minha vida está começando.
Tenho sorte de que tudo esteja
indo bem. O momento não poderia ser melhor", disse ela.
As circunstâncias, porém,
são péssimas para os EUA.
O país vai fechar a temporada
sem nenhuma representante
entre as top ten. É a primeira
vez que isso ocorre desde a criação da lista da WTA, em 1975.
Principal aposta para mudar
essa a situação em 2007, Davenport não fez sua despedida
oficial, mas deixou claro que está deixando as quadras.
"Odeio a palavra aposentadoria, mas esta temporada foi
muito dura fisicamente e não
me vejo jogando de novo", disse
ela, que sofreu com uma contusão nas costas e terminou apenas no 25º posto no ranking.
Davenport, 30, foi uma das
maiores tenistas não apenas
dos EUA, mas da história.
Além de três Grand Slams,
ela venceu também o torneio
olímpico em Atlanta-96. Com
51 títulos no currículo, ocupa a
nona posição entre as maiores
vencedoras. Também encerrou
a temporada no topo do ranking em quatro oportunidades
(1998, 2001, 2004 e 2005).
"Ainda não posso dizer que
estou triste em deixar o tênis.
Minha vida é com meu marido
e meu futuro filho", afirmou.
Nesta temporada, os EUA já
haviam perdido outra tenista
lendária. Martina Navratilova,
que soma 167 títulos de simples
e estava disputando torneios de
duplas, anunciou que pendurou as raquetes definitivamente após o Aberto dos EUA.
Com 1,89 m, Davenport foi
uma das pioneiras do tênis-força entre as mulheres. Suas seguidoras, Venus e Serena Williams, poderiam ser a esperança para os EUA se reabilitarem.
Mas as irmãs sofrem com lesões e estão mais focadas em
atividades extraquadra (curso
de interpretação, festas etc.)
Com agências internacionais
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