São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

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Conar veta marca de bebida em uniformes

DO PAINEL FC

Nenhuma cervejaria da AmBev estampará sua marca na seleção brasileira. É o que diz a empresa, por meio de seu gerente de comunicação, Alexandre Loures.
"Você jamais vai ver na camisa da seleção as marcas Brahma, Skol ou Antarctica. Até porque a gente segue a determinação no Conar [Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária] de não fazer anúncio em uniformes de esportes olímpicos", disse Loures.
Segundo o gerente da AmBev, a Brahma centralizou sua campanha em personagens ligados ao futebol porque seu marketing "trabalha a brasilidade, o povão, o futebol, tanto que é patrocinadora do esporte [na TV Globo] há algum tempo".
O vice-presidente do Conar, o publicitário Luiz Celso de Piratininga, criticou a ligação de cervejarias ao esporte, especialmente no caso de Ronaldo. "É absurdo você ver um atleta consumindo ou induzindo ao álcool. Eticamente, o Ronaldo não deveria fazer propaganda de bebidas alcóolicas. Ele é um ídolo, serve de referência para as crianças e deve servir de exemplo. O Pelé não faz esse tipo de anúncio."
Em 1973, o ex-meio-campista Gérson, tricampeão com a seleção em 1970, ficou marcado por fazer uma propaganda de cigarro.
O slogan da campanha era "Vila Rica [a marca do cigarro], para quem gosta de levar vantagem em tudo". Estava criada a "Lei de Gerson". Desde então, nenhum jogador de primeira linha do futebol anunciou cigarros. (FM)

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