São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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VIDA PRIVADA
Dirigente diversificou seus negócios

da Reportagem Local

Nos dez anos à frente da CBF, o empresário Ricardo Teixeira diversificou seus negócios e deixou de lado sua especialidade de origem, o mercado financeiro.
Antes de ser presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), quando ainda morava em Belo Horizonte, Teixeira era sócio da Minas Investimento, uma corretora de valores que foi fechada no início da década, quando ele já havia se mudado para o Rio.
Um dos pontos que marca os seus novos negócios é que a CBF é uma cliente comum a quase todos.
Dentre eles, seu negócio mais antigo é uma usina de leite, a Agropecuária Santa Rosa, de Piraí (RJ), produtora do Leite Linda Linda.
Nesse período, a produção da usina passou de 3.000 para 5.000 litros por dia, segundo associações de produtores de leite. A ordenha de suas vacas fica em cerca de 2.000 litros por dia. O restante é comprado de outros produtores da região, que é uma das maiores bacias leiteiras do Estado.
Com esses números, segundo a Folha apurou, o lucro da usina deve ficar em no máximo R$ 10 mil por mês, insuficiente para manter seu nível de vida.
Parte da produção é vendida para a Granja Comary, o Centro de Treinamento da CBF, localizado em Teresópolis (RJ), onde o leite também é distribuído.
Depois da Copa de 1994, nos EUA, Teixeira abriu no Rio a choperia El Turf, que se tornou um ponto de referência na noite carioca porque a CBF passou a fazer lá todas as suas cerimônias públicas, como entrega de prêmios e anúncios de projetos e contratos.
A choperia ficou famosa antes mesmo de abrir porque Teixeira foi acusado pela Receita Federal de ter trazido dos EUA, sem pagar impostos, equipamentos para ela no chamado "vôo da muamba" (que trouxe os jogadores após a conquista do tetra). Na Justiça, porém, ele foi inocentado.
A partir daí, ele investiu em outros estabelecimentos, como a churrascaria Grill One.
Por causa do fato de a Traffic ter assinado todos os principais contratos de marketing esportivo da CBF nos últimos anos, Teixeira foi apontado como sócio oculto da empresa, o que ele nega.



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