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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Técnico mostra um Corinthians "mexido" na partida das 11h em Rio Preto

Geninho exorciza Parreira para escapar da eliminação

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua primeira "decisão" de um ano tão decisivo, o Corinthians exorciza Parreira, assume a cara de Geninho e joga sua sorte no Paulista hoje contra o América, em Rio Preto, às 11h.
Com uma equipe bem mexida em relação àquela que frequentou várias finais no ano passado sob o comando do atual técnico da seleção brasileira, Geninho saca o meia Renato, dá titularidade a duas caras novas, tenta imprimir três variações táticas em uma mesma partida e procura levar a força ofensiva do time para o lado direito, aliviando a sobrecarregada zona de atuação de Kléber e Gil, o setor forte do Corinthians.
Uma derrota para o América hoje praticamente elimina o time do Parque São Jorge logo no primeiro torneio de Geninho. Com sete pontos em quatro jogos, um tropeço impediria o Corinthians de alcançar uma das duas vagas do Grupo 3. E aí só restaria buscar a classificação pelo índice técnico, de maneira milagrosa.
"É um jogo extremamente decisivo, sim. Mas estamos apenas no início de um trabalho. O time está a caminho de encontrar sua identidade e uma vitória contra o América aceleraria esse processo", acredita Geninho.
Para o lugar de Renato, ex-titular de Parreira, o treinador promoverá a estréia do meia Jorge Wagner, ex-Cruzeiro.
"As características são parecidas. Mas o Jorge, mais leve, tem mais mobilidade", justificou Geninho, que espera que o estreante consiga ligar com mais habilidade o meio-campo e o ataque.
Pelo setor direito, Fumagalli, outro reforço de 2003, entra pela primeira vez como titular do time. O meia terá que revezar com o atacante Leandro o dever de jogar "enfiado" na área do América, do lado oposto por onde ataca Gil.
Geninho quer aliviar o vício da equipe de atacar só pela esquerda, que tantos frutos rendeu ao Corinthians, mas já é um expediente muito manjado e bem marcado pelos adversários.
Na alta produção do Brasileiro-02 -50 gols, média de 1,61 por partida-, 42% dos gols foram marcados pelo lado esquerdo, enquanto o setor direito foi responsável por apenas 20%.
Na temporada 2003 (Paulista mais Libertadores), a produção já caiu bastante - seis gols em cinco jogos, média de 1,2 por partida-, muito por causa do refluxo ofensivo do flanco esquerdo. Três gols vieram do setor de Kléber, três de onde corre Rogério.
Do 4-3-3 de Parreira, Geninho pode desdobrar, de acordo com a necessidade, um 3-5-2 e um 4-4-2 no mesmo jogo. "Por isso tenho treinado as várias opções, para os atletas irem se acostumando. O jogo é que vai ditar a formação momentânea ideal."


NA TV - Globo, Record e SBT, dependendo de decisão judicial, ao vivo, às 11h


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